Seguro alivia perdas de pequeno empresário
Os dois grandes roubos a joalherias no shopping Cidade Jardim assustaram os comerciantes de São Paulo. Se um dos mais luxuosos templos de consumo do País, com forte esquema de segurança, não conseguiu conter bandidos armados, o que pequenose médios comerciantes podem fazer para evitar que o mesmo não aconteça com suas lojas?Com a aquisição de seguros empresariais, além de garantir a proteção ao patrimônio por incêndio, raio e explosão -obrigatórios para legislação brasileira – o comerciante mais atento pode minimizar prejuízos com furto e roubo. Também pode pensar em proteção para vendavais, danos elétricos, perdas com responsabilidade civil, entre outras.O melhor é que os seguros empresariais para comércio e serviços não são tão altos. Para um estabelecimento no valor de R$150 milhão não passa de R$ 300 anuais para média de cinco coberturas (veja exemplos na tabela no lado). Como todo seguro, o valor muda conforme exposição ao risco e coberturas exigidas, mas tem valor bem menor do que o seguro de automóvel.O corretor ajuda o comerciante a escolher o necessário para cada estabelecimento ou ramo de atividade. É possível cobrir desde danos aos anúncios luminosos até queda de aeronave”, explica o superintendente de produtos massificados da Sulamerica, Sérgio Ricardo de Souza. Os valores de prêmio (quanto o segurado paga) podem cair com a implantação de dispositivos de aumento de segurança. Para Souza, o mercado de seguros empresariais ainda é pequeno no Brasil, mas cresce com a melhora da situação econômica. Não há estatísticas oficiais sobre esse tipo de seguro.SetoresAlguns segmentos solicitam mais proteção que outros – como bares e restaurantes que trabalham com dinheiro em papel-moeda e também não podem sofrer com queda de energia. “Esses estabelecimentos não têm gerador como os supermercados, mas têm que jogar muitos alimentos fora se houver falta de luz e as coisas estragarem na geladeira. O seguro é comum nesse caso”, diz Souza.Os ramos comerciais e de serviços que mais contratam seguros são bares e restaurantes, padarias, papelarias, pousadas e hotéis, concessionárias e revendas de automóvel, escritórios e consultórios médicos e odontológicos. Os seguros mais contratados, além do incêndio, são para dano elétrico, roubo e vendaval.Já os sinistros mais comuns, segundo as eguradora Allianz, são danos elétricos, seguidos por vendaval, responsabilidade civil, roubo e incêndio. No verão os alagamentos são os maiores vilões das seguradoras. “Nenhuma seguradora aceita fazer cobertura de alagamento e desmoronamento sem antes inspecionar a região do estabelecimento e, muitas vezes, o seguro não é realmente aceito pelo risco iminente”, explica o superintendente de produtos patrimoniais da Allianz, Rafael Rodrigues.Os sinistros também variam conforme a região do País e até dentro de uma cidade, dependendo do bairro. “Somente na zona Sul de SãoPaulo temos 53 enquadramentos onde podemos alocar um estabelecimento que solicita seguro”, diz.Lojas e serviços dentro de shoppings centers têm prêmios mais baratos pela menor exposição ao risco, e os shoppings são segurados de maneira diferente, assim como as cadeiras de cinema e comércios mais expostos – como as joalherias citadas no começo desta reportagem.
Fonte: Seguro em Pauta