Seguradora anuncia nova marca e aposta na diversificação
A marca Porto Seguro ficou na história. A holding passou a se chama apenas Porto. Anunciada ontem num evento da companhia, a decisão de retirar o Seguro do nome é emblemática do novo momento do grupo.
A mudança consolida um projeto que começou a ser concretizado quando Jayme Garfinkel transferiu o leme do conglomerado para o filho Bruno Garfinkel, em maio de 2019.
Na ocasião, Bruno Garfinkel se tornou o novo presidente do conselho de administração e assumiu uma missão desafiadora: manter a expansão do principal negócio, os seguros, mas também diversificar as áreas de atuação do grupo e levar a companhia a um novo patamar em termos de inovação. Daquele dia até hoje dá para ver a diferença entre a contemplação e admiração de um negócio familiar para um conglomerado formado por vários negócios com objetivos diferentes, afirma.
Ainda em 2020, a Porto implementou uma estratégia na qual dividiu a companhia em quatro verticais: seguros, saúde, financeira e serviços. Cada uma das áreas passou a atuar com maior autonomia, porém, ainda coordenadas pela estrutura central da holding.
A alta direção e o conselho também estabeleceram como meta dobrar a base de clientes do grupo até 2025. Na época, eram 8,5 milhões, ou seja, o objetivo colocado foi de atingir 17 milhões em cinco anos. Segundo o presidente do conselho, a Porto hoje, como um todo, já está com quase 13 milhões de clientes. A ambição de crescer poderia ser ruim se fosse feita só pelo fato de crescer. Mas a meta ajudou a gente a produzir, através das estratégia de verticais, uma grande transformação para os negócios, diz.
Ao mesmo tempo em que mudou o nome, a Porto oficializou publicamente a criação de três verticais independentes, de seguros, de saúde e financeira. A gestão dos produtos e serviços da companhia passou a ser realizada pela Porto Seguros, Porto Saúde e Porto Seguro Bank.
Cada braço tem uma marca própria e um executivo-chefe.
Na Porto Seguros, o CEO é Marcelo Picanço. A Porto Saúde tem à frente Sami Foguel. A Porto Seguro Bank é liderada por Marcos Loução.
Com a estrutura, o grupo pretende avançar na transformação iniciada nos últimos anos e tornar os negócios mais ágeis, competitivos, inovadores e centrados no consumidor. Nos últimos anos, evoluímos para ser muito mais que uma seguradora, nos tornando uma empresa com um grande ecossistema de produtos, serviços e soluções para todos os momentos da vida, afirma CEO da holding Porto, Roberto Santos.
De acordo com o executivo, as verticais terão autonomia para gerir os negócios, porém ainda estarão alinhadas aos valores da holding. Somos um ecossistema, onde as verticais seguirão conectadas, buscando sinergias em soluções e produtos, sem perder a qualidade do atendimento e a parceria com os corretores, que faz parte da nossa identidade.
Junto com a nova estrutura, a Porto também apresentou seu Relatório de Sustentabilidade 2021, junto com uma nova plataforma de ESG, que ressalta as principais frentes da companhia em nos aspectos social e ambiental. Queremos crescer de forma sustentável e essa plataforma foi criada justamente para darmos mais visibilidade para o que já fazemos e também para os avanços que teremos em termos de ESG em cada segmento, afirma Santos.
A holding reúne 27 empresas, entre a quais Azul Seguros, Itaú Seguros de Auto e Residência e Porto Seguro Uruguay. Em 2021, apresentou receita de R$ 21,5 bilhões e lucro líquido de R$ 1,54 bilhão.
A companhia tem frota segurada de 5,8 milhões de veículos e uma carteira de crédito de R$ 13,3 bilhões.
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