Segurador questiona incentivos para carros muito antigos
O diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Rodrigues Freitas, defendeu o fim dos incentivos à circulação de veículos muito antigos, que estão em más condições para trafegar. Hoje, alguns estados oferecem a isenção do pagamento do IPVA para esses veículos, o que considero um erro, comentou Neival Freitas, em palestra realizada no seminário sobre a chamada Lei do Desmonte, realizado pela Fenacor em Vitória (ES).
Segundo ele, muitos desses veículos com mais de 15 anos de fabricação causam problemas como a poluição do meio ambiente, além de aumentar o risco de acidentes. Esses incentivos deveriam ser evitados, frisou, acrescentando que muitos países já aprovaram restrições para a circulação desses carros.
Já para os carros usados, mas não tão antigos, ele vê boas perspectivas a partir da oferta de um seguro popular, em fase de estudo na Susep. Isso porque a chamada Lei do Desmonte vai permitir a regulamentação desse tipo de seguro para carros com mais de cinco anos de fabricação. Assim, será possível utilizar autopeças recondicionadas, desde que autorizadas pelo Detran, no conserto de veículos acidentes. O preço do seguro ainda é elevado porque a legislação obrigava as seguradoras a utilizarem peças novas inclusive nos carros antigos, o que tornava impraticável a comercialização de um seguro para tais veículos, acentuou.
Ele lembrou que pelo menos 30 milhões de carros antigos circulam pelas ruas e estradas brasileiras sem qualquer cobertura do seguro.
Existem ainda outros dois milhões de carros nos depósitos públicos, que foram aprendidos por irregularidades ou dívidas com o Estado. Esses veículos também poderão ser desmontados, tendo suas peças revendidas, nas oficinas de desmonte regulamentadas pela lei.
Fonte: CQCS