Saúde: um segmento que gera muitos empregos e impostos
Duas contribuições importantes da Saúde Suplementar- gerador de empregos e grande contribuinte de receita tributária- são destacadas em novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Acoplada ao 32º Boletim Conjuntura Saúde Suplementar, uma seção especial, O setor de Saúde Suplementar como agente gerador de empregos e de receita tributária, assinala que o setor é responsável por cerca de 3,3 milhões de empregos diretos e indiretos, ou 7,6% do total da força de trabalho empregada no Brasil em 2016.
O estudo constata que, entre 2009 e 2016, houve crescimento de 27,7% no número de pessoas empregadas na Saúde Suplementar e em setores relacionados a esta cadeia. Nesse ritmo, o crescimento de vagas no mercado de Saúde Suplementar foi de 3,5% ao ano, o dobro da média da economia, de 1% no mesmo período. Este comportamento confirma a resiliência do setor de saúde em relação a outros pares da economia, evitando demissões mesmo em um cenário adverso para o mercado, reconhece o estudo.
O levantamento joga luzes também sobre a capacidade de arrecadador de impostos da Saúde Suplementar. Em 2015, o pagamento de tributos pelos planos de saúde somou R$ 36,4 bilhões, de acordo com estimativas da Abramge. Tal montante foi 30,4% superior ao de 2013. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), em 2013 a carga tributária dos planos de saúde, ou seja, o percentual do faturamento gasto com tributos, foi de 26,7%. Esse valor é superior ao de setores como Saneamento (16,6%) e Educação (21,9).
Entre o período de 2009 a 2013, esse valor arrecadado praticamente dobrou, ao passo que, a inflação acumulada no mesmo período foi de 28%. De acordo com dados da Receita Federal, o setor de saúde como um todo (público e privado) arrecadou em 2015 aproximadamente R$ 113 bilhões. Mas esse valor pode estar superestimado devido ao fato de a Receita Federal apenas divulgar os dados por divisão da Cnae (Classificação Nacional das Atividades Econômicas) e algumas divisões incluem outros setores que não pertencem à saúde, como é o caso da divisão 65 (Seguros, resseguros, previdência e planos de saúde), assinala o estudo.
No mesmo período, a despesa assistencial aumentou 68% e, ao final de 2013, ultrapassava a marca dos R$ 90 bilhões. Em 2015, essas despesas totalizaram mais de R$ 120 bilhões.
Fonte: CNSEG