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Saúde integral: é possível encontrar um equilíbrio entre saúde física, emocional e financeira?

Meu nome é Fabiana Minarro, tenho 44 anos e sou mãe de quatro filhos. Minha vida foi marcada por acontecimentos precoces e significativos. Tornei-me mãe aos 16 anos e, aos 32, já era avó. A vida, no entanto, trouxe desafios que testaram minha força e resiliência. Aos 36 anos, perdi meu pai e, apenas três meses depois, fiquei viúva. Apesar de todas essas perdas, recomecei e, aos 39 anos, casei-me novamente, dando à luz a mais um filho. Em 2015, enfrentei um dos momentos mais difíceis da minha vida: meu filho mais velho sofreu um acidente grave e quase perdeu a vida. Ele passou meses acamado e, nesse período, percebi que manter uma vida ativa e saudável era essencial não apenas para minha própria sobrevivência emocional, mas também para cuidar dele e de meus outros dois filhos, que tinham acabado de perder o pai. Desde cedo, compreendi que precisava estar bem fisicamente, emocionalmente e financeiramente para lidar com essa situação desafiadora.

A vida me ensinou que levar uma existência mais leve, saudável e feliz é o único caminho que eu tinha para criar meus filhos e enfrentar as adversidades. Dividindo meu tempo entre ser mãe, esposa e empresária, dediquei mais de 20 anos da minha vida como corretora de seguros, onde tive a oportunidade de escutar as histórias de muitas mulheres. Posso dizer que sou uma verdadeira colecionadora de histórias e, dentre todas elas, uma verdade se destaca: a mulher frequentemente encontra dificuldades em se priorizar.

Por isso, decidi escrever este texto e compartilhar algumas reflexões que, embora pareçam óbvias, são desafiadoras para a grande maioria das mulheres. Antes de começarmos a discutir sobre saúde, quero ressaltar que levar uma vida mais leve, saudável e feliz não é fácil, mas é, sem dúvida, possível.

Saúde física: o pilar fundamental

A saúde física é um dos pilares mais visíveis do bem-estar. As mulheres contemporâneas enfrentam desafios únicos, desde a pressão para equilibrar carreira e vida pessoal até as exigências sociais que frequentemente as sobrecarregam. A prática regular de exercícios não deve ser vista apenas como uma questão estética, mas como uma necessidade vital. Atividades como caminhada, yoga ou dança não apenas fortalecem o corpo, mas também liberam endorfinas, hormônios que combatem a ansiedade e a depressão.

A nutrição desempenha um papel crucial. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, proporciona a energia necessária para enfrentar a rotina diária. Além disso, é fundamental que as mulheres se mantenham atentas às suas necessidades específicas de saúde, realizando exames regulares e acompanhando condições crônicas. O autocuidado deve ser uma prioridade, não uma opção.

Saúde emocional: o coração da questão

Enquanto a saúde física é visível, a saúde emocional é muitas vezes invisível, mas igualmente importante. As mulheres frequentemente assumem múltiplos papéis – mães, filhas, profissionais – e esse acúmulo de responsabilidades pode levar ao esgotamento emocional. A autocompaixão é uma ferramenta poderosa. Práticas como a meditação e o mindfulness podem ajudar as mulheres a encontrarem um espaço de tranquilidade, permitindo que se reconectem internamente e cuidem de sua saúde mental.

É vital que as mulheres cultivem redes de apoio. Conversar com amigas, familiares ou profissionais de saúde mental pode proporcionar a validação e o suporte necessários para enfrentar os desafios da vida. O estigma em torno da saúde mental ainda é uma barreira significativa, mas a conscientização e a educação são passos fundamentais para sua superação. Ao priorizar a saúde emocional, as mulheres não apenas melhoram sua qualidade de vida, mas também se empoderam para enfrentar adversidades.

Saúde financeira: a base da autonomia

A saúde financeira é um aspecto que frequentemente é negligenciado, mas que é essencial para a autonomia das mulheres. A independência financeira não é apenas uma questão de segurança econômica, mas também de liberdade. Mulheres que têm controle sobre suas finanças estão mais aptas a tomar decisões que afetem suas vidas e seu futuro.

A educação financeira é um primeiro passo crucial. Compreender conceitos como orçamento, investimentos e poupança pode empoderar as mulheres a fazer escolhas informadas. Além disso, é vital que se sintam confortáveis em negociar salários e buscar oportunidades de crescimento profissional. A disparidade salarial entre gêneros ainda é uma realidade, e a luta por igualdade deve ser contínua.

A interconexão entre os três aspectos

É importante notar que a saúde física, emocional e financeira não existe isoladamente, elas estão interligadas. Por exemplo, uma boa saúde física pode melhorar o desempenho no trabalho, contribuindo para uma maior segurança financeira. Da mesma forma, a estabilidade financeira pode reduzir o estresse, permitindo que as mulheres se concentrem em seu bem-estar emocional.

Neste mês de março, convido todas as mulheres a refletirem sobre sua saúde de forma integrada. Que tal estabelecer metas que abracem a saúde física, emocional e financeira? As pequenas mudanças podem ter um grande impacto, e é através da conscientização e do empoderamento que podemos construir um futuro mais saudável e igualitário. Cuidar de si mesma é um ato de coragem e amor. Ao priorizar sua saúde em todas as suas dimensões, você não apenas se fortalece, mas também inspira outras mulheres a fazerem o mesmo. A saúde das mulheres é uma questão que merece ser celebrada e promovida, não apenas neste mês, mas em todos os dias do ano.

Lembre-se: você não precisa ser a mulher maravilha, você só precisa estar segura.

Ninguém segura uma mulher segura”.

Fabiana Minarro
Conselheira Consultiva / Sócia at Sou Segura / Minarro Seguros

Fabiana Minarro é mãe orgulhosa de quatro meninos incríveis: Juan, Habib, Omar e Gabriel. Há 21 anos, lidera com paixão e visão a Minarro Seguros como CEO. Sua expertise e olhar estratégico também a levaram a integrar o Conselho Consultivo da Sou Segura. Com uma voz autêntica e perspicaz, Fabiana compartilha suas reflexões sobre os desafios e as potências da maternidade no mundo profissional moderno.

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