Saúde: Especialistas analisam novas regras e propõem soluções tecnológicas
Diversas resoluções complementares da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) modificaram a forma de contratação de seguro saúde pelas empresas. Foram publicadas as Resoluções Normativas (RN) 195 e 196, em 19/07/09; RN 200, em 13/08/09; RN 204, em 06/10/09; além de considerações adicionais nos Entendimentos, de 07/10/09. Cada nova resolução adiou o prazo de adaptação das novas regras, sendo que finalmente ficou definida a entrada em vigor no dia 15 de outubro de 2009, com prazo de um ano para adaptação das empresas. As mudanças ainda geram muita polêmica e dúvidas no mercado, tanto por parte das operadoras como das empresas clientes dos planos e, por isso, a Associação Paulista dos Técnicos de Seguros (APTS) promoveu, no dia 25 de março, um debate entre especialistas do setor. A coordenação esteve a cargo de Sérgio Monaco, que além de diretor de saúde da APTS, é diretor de marketing e vendas da XXXXXXXXX, multinacional que fornece tecnologia em sistemas para o mercado de seguros, com foco nas operadoras de saúde. Os debatedores foram: Daiane Maciel, coordenadora da Comissão de Estudo Técnico da TISS/TUSS e é coordenadora de XXX XXXXX; Vera Lúcia Bejatto e Maurício da Silva Lopes, diretor Executivo da XXXXXXX XXXXXX. “O mercado de saúde precisou se regular para corrigir falhas do mercado e hipossuficiência, buscando maior cuidado com o consumidor em reajustes controlados. O reajuste veio de forma bastante intervencionista, regulando os planos de adesão e os empresariais”, explicou Maurício Lopes. “O tema é complexo, todos temos dúvidas, a ANS ainda está se entendendo e nós temos que entender disso”, declarou. As novas coberturas obrigatórias pela RN 204 são de alta complexidade e valores elevados, num total 72 novos procedimentos, entre eles: transplante de medula óssea, tratamento com câmera hiperbárica (sessões), implantação de marca passo, e pet scan oncológico. Para a presidente da Victory Consulting, Vera Lúcia Bejatto, tantas alterações tornam as negociações ainda mais difíceis para os corretores: “Com a concentração de mercado de operadoras, pelas aquisições e fusões recentes, sobraram poucas opções e muitos clientes hoje têm necessidades que essas empresas não podem suprir, como por exemplo, custos menores”, afirmou. “Com mercado restrito, as empresas atuantes buscam uma receita adequada às despesas, dificultando sobremaneira as negociações para o corretor”. O mercado de corretagem vai exigir, de acordo com Vera, consultorias cada vez mais especializadas, que se dediquem a aplicar programas preventivos de saúde efetivos, com equipe multidisciplinar; fazendo desenho de plano adequado ao perfil da empresa e do usuário. Será indispensável gerenciamento de risco com equipe médica da consultoria”. Sérgio Monaco, declarou: “A redução de custos neste setor depende de investimento em tecnologia, para que as operadoras tenham controles, façam gerenciamento de riscos e monitoramento de doentes crônicos”.A coordenadora da comissão da TUSS, Daiane Maciel, concorda que tecnologia é indispensável. “O mercado de saúde passou pela fase de adaptação da TISS (Troca de Informações em Saúde Suplementar), agora está na implantação da TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar) e ainda está por vir o RES (Registro Eletrônico de Saúde). As operadoras estão até contratando médicos especialistas em tecnologia, informata-médicos, o que representa um custo muito alto”, explicou. “A operadora de saúde que não for capaz de investir em tecnologia para analisar com profundidade estes dados, não irá sobreviver, acredito que é por isso que muitas empresas pequenas estão fechando”, enfatizou.
Fonte: AIDA