Retomada do varejo deve levar dois anos
O comércio varejista ainda tem um longo caminho até recuperar as perdas acumuladas no período de crise do setor, segundo levantamento da CNC obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.
Embora as vendas tenham crescido 2,3% em 2018, conforme apurado pela Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, o varejo só retorna ao patamar máximo de vendas alcançado em outubro de 2014 em fevereiro de 2020.
O cálculo da CNC leva em consideração um crescimento mensal equivalente à média dos últimos 15 anos, que no caso do varejo restrito foi de 0,36% ao mês.
A situação é mais complicada para o varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e material de construção. As vendas só voltam ao pico atingido em agosto de 2012 daqui a mais de dois anos: em maio de 2021. A projeção considera o crescimento médio mensal de 0,37% obtido pelo varejo ampliado nos últimos 15 anos.
Nos dois casos, a melhora será puxada pelos segmentos que vendem bens essenciais, como supermercados e farmácias. Quando a situação financeira está ruim, as famílias destinam a renda para o consumo de itens básicos. Quando a situação começa a melhorar, aí o cenário se inverte. As famílias não vão almoçar duas vezes, então talvez troquem de carro”, explicou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.
Fonte: CNC