Quando as vendas online sem corretores derrubam os resultados das seguradoras
O debate sobre o futuro das vendas online no Brasil e a importância do canal corretor utilizando a internet apenas como ferramenta acaba de ganhar mais um argumento contra as seguradoras que optam pela comercialização direta. Como já vem acontecendo em muitos países, agora é o mercado de Portugal que vivencia problemas nas contratações sem corretores.De acordo com a especialista em marketing e publicidade Soraia Fontes, que colabora com o site português Autoblog, em artigo publicado no sábado (22/02), o peso relativo das seguradoras com operação direta aquelas que priorizam os canais do telemarketing e internet continua muito reduzido no conjunto do setor.A articulista aponta que tais companhias, apesar do baixo investimento em estrutura física e pessoal, bem como a prática de preços mais acessíveis, permanecem com o encargo dos altos investimentos em publicidade, ocupando a maior parte dos espaços de marketing nos meios de comunicação. Em paralelo, enfrentam a crise financeira e baixos resultados, de modo que o Seguro de Automóvel vendido com esse modelo alcançou participação de mercado de apenas 5,5% no ano passadoSegundo a análise, o baixo custo do produto seria uma alavanca para o crescimento das vendas diretas, porém todas as seguradoras que adotaram a estratégia apresentam queda na arrecadação de prêmios. A Logo Seguros foi a que mais perdeu cerca de 9% de sua produção, embora tenha mantido a sua posição relativa no ranking o 15º. lugar, esclarece Soraia.Ela também comenta que a Via Directa detentora das marcas OK Teleseguros e iPronto é líder em vendas, permanecendo em 11º. no ranking do segmento, seguida da Direct que, embora tenha sido a que menos sofreu com a redução nas cotas de mercado, perdeu uma posição no ranking, caindo de 13º. para 14º. Lugar.O futuro traz uma conta difícil de fechar. A ampliação das carteiras é um grande desafio, projeta Soraia, pois a pressão por resultados pode minar a consolidação do modelo direto, tendo em vista que será cada vez mais difícil manter preços baixos diante de quadro tão desfavorável.
Fonte: CQCS