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Quadrilha do Complexo do Alemão lavou até R$ 80 mi em empresas de Minas Gerais

O esquema de lavagem de dinheiro
do tráfico do Complexo do Alemão, na zona norte, desarticulado pela
Polícia Civil do Rio, pode ter movimentado até R$ 80 milhões, em contas
bancárias de quatro empresas de Minas Gerais, entre os meses de janeiro e
outubro de 2011. Somente no dia 4 de janeiro, uma das empresas movimentou R$ 16 milhões. As informações são do subchefe de Polícia Civil do Rio, Fernando Velloso.
As empresas criadas de forma fraudulenta teriam como atividade fim o
fomento mercantil, mas, na verdade, eram constituídas por advogados,
despachantes e contadores, para legalizarem a movimentação financeira do
tráfico.
Na operação Conta Encerrada, desencadeada nesta quarta-feira (7), três
pessoas foram presas em Belo Horizonte, na capital mineira: Heitor
Fernando Carneiro da Silva, Deivid Walisson da Silva e Ricardo Henrique
Miranda Moreira. Os traficantes cariocas acusados de integrarem o
esquema, Marcelo da Silva Soares, conhecido como Macarrão, e Marco
Aurélio da Silva Soares, o Cocadinha, já estavam presos. A polícia ainda
tenta cumprir um mandado de prisão, em Minas Gerais.
As investigações começaram em maio deste ano. Policiais da Delegacia de
Maricá (81ª DP) apreenderam depósitos bancários e um caderno com
anotações com a movimentação financeira da venda de entorpecentes de
comunidades do município da região metropolitana, comandada por
Cocadinha.
Os dados foram encaminhados para o Laboratório de Lavagem de Dinheiro da
Polícia Civil, que conseguiu verificar, através de sistemas de dados,
que o dinheiro da venda de entorpecentes estava sendo depositado em
pequenas quantias nas contas de ao menos quatro empresas de Minas
Gerais. Segundo as investigações, as quantias passavam ainda por outras
contas correntes, antes de voltarem para a mão dos traficantes. A
quadrilha atuava desta forma há pelo menos 4 anos.
Para que o esquema desse certo, os bandidos cooptavam moradores do
Complexo do Alemão para que fizessem esses depósitos. Essas pessoas
recebiam uma quantia ainda não revelada pela polícia para realizar o
serviço. Parte do grupo foi identificado e algumas casas do conjunto de
favelas foram alvos de buscas nesta quarta-feira (7).
Ao todo foram expedidos, seis mandados de prisão e 24 de busca e
apreensão. Vinte contas bancárias foram bloqueadas, totalizando R$ 5
milhões, que já está à disposição da Justiça.
Segundo a polícia, os presos devem responder por tráfico de drogas,
associação para o tráfico, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Somadas as penas máximas, o total chega a 41 anos de prisão.
Foram mobilizados para a operação cerca de 150 policiais civis do Rio e de Minas Gerais.

Fonte: R7 Notícias

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