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Procura pelo seguro de vida deve crescer no pós-pandemia

O tema proteção ganhou ainda mais destaque com a pandemia de Covid-19.O entendimento da necessidade de uma reserva financeira fez com que muitas pessoas procurassem entender melhor o funcionamento dos seguros de vida e saúde. Entretanto, a pandemia também tirou muitos beneficiários deste mercado, principalmente aqueles que contavam com a cobertura corporativa do seguro.

Estes temas entraram no debate  CQCS Innovation  Latam, cujo tema foi “Seguro de Vida na nova ordem mundial”. A transmissão ao vivo foi mediada por Gustavo Doria Filho e contou com as participações de Luciano Lopatin, vice-presidente, Geb Multinationals & Latam Business Development e Global Relationship Management na MetLife; Marcelo Mello, vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica; David Azzarito, vice-presidente sênior da Ohio National Financial Services; e Albert Costa, CTO da Samplemed.

Durante sua apresentação, Costa explicou como simplificar os processos pode auxiliar no atendimento ao cliente neste momento, no qual as autoridades recomendam o distanciamento social. O executivo afirmou que a subscrição automatizada, com questionários online mais dinâmicos, pode ajudar o corretor a prestar seu papel de consultor na hora da venda e indicar qual apólice é a mais apropriada de acordo com as necessidades do consumidor. “As seguradoras terão que responder de maneira diferente nesta crise. Investir em produtos e ferramentas para ajudar na subscrição é uma forma de digitalizar a distribuição de seguros e melhorar a prestação de serviços ao segurado”.

Em seguida, Lopatin abordou a baixa penetração do seguro de vida no mercado global e mostrou um relatório realizado pela MetLife sobre o alcance do produto em alguns países, na qual a média de pessoas que contam com o benefício é de apenas 4% da população. Ele justificou o índice afirmando que, se o problema não é regional, deve ser uma questão da própria categoria. “Estamos falando de um setor que é muito difícil inovar e, ao mesmo tempo, é muito fácil copiar. Sempre que alguém cria um produto, muito mais rápido que imaginamos o concorrente lança um semelhante. Enfatizo também que esse não é um assunto tão fácil de ser abordado, pois as pessoas associam o uso do seguro ao momento da morte”.

Para Mello, a pandemia e a necessidade de melhorar a situação financeira das pessoas as fizeram repensar sobre como montar um planejamento financeiro e proteger suas famílias. Segundo o executivo, investir em inovação tecnológica, iniciativas digitais e programas de treinamentos para os corretores é o dever das seguradoras para atender a essa nova realidade. “Acredito que podemos mudar a premissa de que o seguro de vida é vendido e não comprado, afinal a sociedade está mais consciente sob os riscos iminentes na nossa rotina e consequentemente irá procurar por proteção. Desenvolver a área é fundamental para agregar percepção de valor”.

Segundo Azzarito, há uma tendência do crescimento da distribuição independente e as companhias devem auxiliar os corretores e agentes nesse processo para obterem melhores resultados. O executivo disse também afirmou que ter mais flexibilidade nos produtos é fundamental, pois só assim o setor irá conseguir um maior número de clientes . “Aquele modelo de família tradicional que conhecemos não existe mais. O mundo é outro e devemos desencadear essa mudança para o lado positivo. Apesar de estarmos passando por um momento turbulento, é nessas horas que as melhores oportunidades para inovar e se destacar em meio à concorrência surgem, e todos saem ganhando com isso, principalmente o consumidor”.

 

Fonte: NULL

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