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Prioridade é para classe C

O titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Paulo dos Santos, quer que o setor privado dê atenção especial a novos consumidores, que integram as camadas mais pobres da população, mesmo que as perspectivas sejam de crescimento em praticamente todas as carteiras tradicionais, voltadas, na maioria, para as classes de maior poder aquisitivo. Nessa linha, ele acredita que os sinais de expansão “são os melhores possíveis” no ramo de pessoas, principalmente “pela recuperação do poder de compra da população”.
“Milhões de pessoas subiram um patamar na escala social brasileira, saindo da classe D para a C. Esses brasileiros estão, agora, realizando antigos sonhos e adquirindo bens que, até então, estavam fora do seu alcance.
E estes bens precisam ser garantidos pelo seguro”, analisou Paulo dos Santos, que foi homenageado pelo Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVGRJ), no início desta semana.
Paulo dos Santos vem batendo na tecla da inclusão ao seguro em vários eventos dos quais participou, desde que assumiu o comando da Susep, no mês passado. Para ele, “o mercado precisa estar preparado para atender o aquecimento da demanda, direcionando o foco para o aprimoramento constante da qualidade do serviço prestado ao segurado”.
DESEMPENHO. Para ele, não é por acaso que os seguros de pessoas, incluindo o VGBL, tenham gerado receita de prêmios da ordem de R$ 11,572 bilhões no primeiro trimestre do ano, 31,3% a mais do que o apurado nos três primeiros meses de 2009. Sem o VGBL, o incremento foi de 15,6%.
Na mesma base comparativa, a receita de prêmios nacional cresceu 22,9%, atingindo o patamar de R$ 20,359 bilhões nos três meses iniciais deste ano, excluído o seguro-saúde.
“Dessa forma, a fatia correspondente aos seguros de pessoas no faturamento global do setor aumentou de 53% para 57% entre os dois períodos comparados”, comentou. O superintendente da Susep vê o mercado “vivendo um momento mágico, especial e sem precedentes”.
Paulo dos Santos lembrou que, além dos produtos voltados para as camadas mais pobres da população, surgem oportunidades excepcionais também nas grandes obras públicas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e nos projetos implementados pelo setor privado. “A economia brasileira cresce e, para sustentar esse crescimento, será preciso investir muito em infraestrutura.
E também neste caso o seguro surge como a garantia de que não haverá descontinuidade dos investimentos e das obras”, sustentou.
AGENTE. Com o setor privado, ele prometeu manter diálogo aberto, pois entende que “a perfeita sinergia nas ações implementados pela Susep e o mercado é um dos pilares que sustentam o crescimento do setor”.
Nesse sentido, Paulo dos Santos anunciou a criação, na Susep, de um grupo de trabalho para analisar o projeto de regulamentação da figura do agente de seguros de pessoas. “A proposta não foi esquecida. Estamos analisando a sua viabilidade”, disse, sem, contudo, revelar o prazo que o grupo tem para concluir o trabalho. A sugestão foi alinhavada pelo CVG-RJ e conta com o respaldo da federação nacional que reúne as seguradoras de planos de previdência complementar aberta e seguros de vida (Fenaprevi). Pelo projeto, o agente tanto poderá atuar sob a tutela de corretores quanto de seguradoras. A formação profissional e a certificação seriam feitas pela Escola Nacional de Seguros (Funenseg).

Fonte: Jornal do Commercio

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