Previdência privada ainda para poucos
Quando chega a hora de se aposentar, muitos reclamam, pois o padrão de vida cai, já que começam a receber menos do que na época em que trabalhavam. Para fugir desse problema, cada vez mais pessoas buscam a previdência privada, que cresceu 25% em 2007, estimulada principalmente por trabalhadores que ganham acima de R$ 3 mil e querem manter o padrão de vida.
Enquanto isso, as pessoas com renda mais baixa continuam contando apenas com a Previdência Social. Em grande parte, porque o teto do INSS, que hoje é de R$ 2.894,28, supre suas necessidades. Mas, para o diretor de previdência privada do Fena Previ, Luiz Peregrino, existe outro motivo importante:
– Para investir na previdência privada, é preciso ter dinheiro sobrando. Hoje em dia, muitos não conseguem poupar para aplicar. Um investimento de R$ 100 mensais pode fazer uma grande diferença no orçamento – explicou Peregrino.
Aposta nos pequenos
Apesar das dificuldades de atrair investidores de baixa renda, alguns bancos acreditam que ainda há espaço para crescimento nas classes C e D. Para isso, estão criando planos com investimento a partir de R$ 50.
Um dos atrativos da previdência privada é que o dinheiro pode ser sacado de uma só vez quando chega a idade de se aposentar, funcionando como uma grande poupança. Por ter também essa utilidade, muitos pais estão fazendo um plano para os filhos, afirmou o diretor executivo de previdência do banco Itaú, Osvaldo do Nascimento.
– Dessa forma, durante a vida, essa criança pode usar o dinheiro para pagar a faculdade, entre outras coisas – disse o executivo.
Fonte: CQCS