Mercado de SegurosNotícias

Previdência: em tempos de crise, o que fazer com plano atrelado à renda variável?

Não é apenas quem tem ações diretamente na Bolsa que fica desesperado com a alta volatilidade apresentada nas últimas semanas. Os detentores de planos de previdência com renda variável também não sabem o que fazer com o sobe e desce.
Afinal, a oscilação pode significar perda de muito dinheiro e, ainda, daquele que deve garantir uma aposentadoria tranquila ou o pagamento da faculdade dos filhos. Diante disso, o que fazer?
Negócio de longo prazo
De acordo com o diretor comercial da Brasilprev, Marco Barcos, para quem tem um plano de previdência, seja ele em renda fixa ou variável, é importante entender apenas uma coisa: “a natureza do negócio é de longo prazo”. Por isso, é preciso ter coerência no investimento e não deixar se levar por crises momentâneas.
“A pessoa tem que ter coerência. Se o objetivo é no longo prazo, fique no longo prazo. O mundo não vai acabar e pode ter certeza que outras crises podem vir”, afirmou.
Renda variável agrega valor
Porém, o importante é saber que, se agora há perda com a oscilação da Bolsa, no futuro, haverá ganho. “Para a formação de uma poupança é importante ter em mente que a renda variável é essencial para agregar valor. Tem que entender que para formar a sua poupança é necessário estar exposto à renda variável. Lá na frente, depois da crise, ela vai valorizar”, explicou.
Por isso, é importante, de acordo com Barros, aproveitar a crise, o que ela pode nos proporcionar. “O momento hoje é de crise, mas também de oportunidades”, afirmou, se referindo à possibilidade de compra de determinadas ações mais baratas.
Novos investidores
Já para o diretor superintendente da Itaú Seguros e Itaú Vida e Previdência, Osvaldo do Nascimento, se, por um lado, existem oportunidades com a renda variável, os juros altos fazem da renda fixa algo também atrativo.
“É muito pequeno o número de ativos de previdência alocados em renda variável. Em números, mais de 85% dos ativos estão em renda fixa, mesmo porque há um limite, e ninguém pode colocar mais de 49% dos recursos em renda variável. Assim, a média de ativos nessa modalidade é de 10% a 15%. Com esse baixo percentual, a volatilidade não gera muito impacto nos rendimentos”.
Portabilidade é tranquila
Mesmo sabendo que o investimento em previdência privada é algo de longo prazo, muitos daqueles investidores com fundos em renda variável se sentem desconfortáveis com a situação atual e, por isso, pretendem mudar o plano.
O mercado de previdência não cobra nada pela portabilidade entre planos da mesma natureza. Mas, antes de mudar de plano, por sua vez, é preciso analisar alguns pontos: as taxas cobradas pela outra instituição e a rentabilidade do fundo, levando em consideração que deve-se comparar perfis iguais.

Fonte: InfoMoney

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?