Previdência: é melhor sacar o saldo do que optar por renda vitalícia?
A coluna “SEU DINHEIRO”, de O Estado de São Palo, esclareceu dúvidas de leitores sobre recursos aplicados em planos de previdência complementar. Vejam abaixo:
1 – Tenho plano de previdência garantido pelo IGP-M. Caso a rentabilidade do índice fique abaixo da poupança, o plano garante o complemento na forma de excedente financeiro.
Adicionalmente, o banco também repassa os ganhos com a aplicação dos recursos no mercado financeiro. Isso é o que está escrito no regulamento. No mês passado, o IGP-M foi negativo e houve retirada de R$ 2 mil de minha previdência. Não consigo entender esse regulamento.
2 – Tenho 55 anos, já posso me aposentar e meu plano é de renda vitalícia. Devo pedir a renda ou tirar o dinheiro aos poucos?
O que deve prevalecer é o contrato estabelecido. Uma primeira providência é procurar a seguradora responsável pelo seu plano para verificar por qual motivo esse valor foi sacado. Não acredito que seja em virtude da queda do IGP-M. Você deve buscar informações sobre todas as condições e desempenho da carteira. Esclarecendo os detalhes, você poderá saber se estão ou não seguindo as condições contratadas. Os representantes das instituições financeiras têm a obrigação de explicar os detalhes e deixar o investidor confortável para que possa tomar decisões, inclusive a de saque ou da portabilidade dos recursos.
Caso seu dinheiro estivesse em um fundo de renda fixa a explicação seria o come-cotas, que é a redução do número de suas cotas no fundo em virtude do pagamento de imposto de renda que ocorre em maio e novembro.
Mas esse não é o caso de fundos de previdência.
Por outro lado, a decisão de estabelecer os benefícios de forma vitalícia ou sacar o saldo deve ocorrer a luz de sua condição familiar. Lembre- se que, na renda vitalícia, em caso de falecimento do titular, a obrigação da seguradora cessa de imediato e o saldo fica para a instituição.
Há pessoas que, devido à sua estrutura familiar, preferem preservar o valor acumulado para transmitir ao cônjuge e filhos. Nesse caso, é melhor sacar o saldo.
Fonte: O Estado de São Paulo