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Prévia da inflação oficial desacelera e fica em 0,22%

O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, desacelerou de 0,71% em janeiro para 0,22% em fevereiro, conforme divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se do menor resultado para meses de fevereiro desde o início do Plano Real (1994).

Segundo o IBGE, o resultado foi favorecido pelas quedas nos preços das carnes (-5,04%) e das passagens aéreas (-6,68%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, três apresentaram deflação em fevereiro: Vestuário (-0,83%), Saúde e cuidados pessoais (-0,29%) e Alimentação e bebidas (-0,10%).

Os preços das carnes recuaram 5,04% em fevereiro após avanço de 27,95% em quatro meses seguidos de altas, representando o maior impacto individual no índice geral (-0,13 p.p.). Por outro lado, houve alta nos preços do tomate (28,96%) e da batata-inglesa (5,23%), que já haviam subido em janeiro.

Em contrapartida, houve alta de 3,61% no grupo Educação, refletindo os reajustes normalmente praticados no início do ano letivo. Também aumentou os preços dos custos com Transportes (0,20%), impactado principalmente, por reajustes de tarifas de ônibus urbanos, trem e metrô em diversas localidades.

Os preços da gasolina (0,21%), do etanol (2,69%) e do óleo diesel (0,04%) subiram menos que no mês anterior (2,64%, 4,98% e 1,47%, respectivamente). Na véspera, a Petrobras anunciou o primeiro reajuste do ano nos preços da gasolina nas refinarias.

Já os preços da energia elétrica recuaram 0,12% com a mudança de bandeira tarifária para verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.

Veja o resultado para cada um dos grupos pesquisados pelo IBGE:

Alimentação e bebidas: -0,10%
Habitação: 0,07%
Artigos de residência: 0,17%
Vestuário: -0,83%
Transportes: 0,20%
Saúde e cuidados pessoais: -0,29%
Despesas pessoais: 0,31%
Educação: 3,61%
Comunicação: 0,02%

Perspectivas e meta de inflação
A meta central do governo para a inflação em 2020 é de 4%, e o intervalo de tolerância varia de 2,5% a 5,5%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 4,25% ao ano – mínima histórica.

A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central. Os analistas das instituições financeiras reduziram a projeção de inflação para 3,22% no ano, conforme aponta a última pesquisa Focus do Banco Central. Foi a sétima queda consecutiva do indicador.

Em 2019, a inflação fechou em 4,31%, acima do centro da meta, que era de 4,25% – foi a maior inflação anual desde 2016.

O mercado mantém em 4,25% a previsão para a taxa Selic no fim de 2020.

Entenda o IPCA-15
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (inflação oficial). A diferença está no período de coleta, além da abrangência geográfica.

Fonte: NULL

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