Prévia da inflação acelera para 1,14% em setembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou de 0,89% em agosto para 1,14% em setembro, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, “trata-se do maior resultado para o mês de setembro desde o início do Plano Real, em 1994, quando ficou em 1,63%”, além de ser a maior taxa da série histórica do indicador desde fevereiro de 2016, quando ficou em 1,42%.
No ano, o índice acumulou alta de 7,02%. Já no acumulado em 12 meses, o indicador superou os dois dígitos, ficando em 10,05%, quase o dobro do teto da meta estabelecida pelo governo para a inflação deste ano, que é de 5,25%.
O resultado veio pior do que o esperado pelo mercado.
Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,02% para o período.
De acordo com o IBGE, a gasolina e a energia elétrica foram os itens que exerceram os maiores impactos individuais sobre o IPCA-15 de setembro, de 0,17 ponto percentual cada. O preço médio da gasolina subiu 2,85% entre agosto e setembro e acumulou alta de 33,37% no ano e de 39,05% nos últimos 12 meses.
Já o preço médio da energia elétrica teve alta de 3,61% em setembro, abaixo da registrada em agosto, que foi de 5%. No ano, a alta acumulada foi de 20,27%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento acumulado foi de 25,26%.
O IBGE destacou que em agosto d vigorou a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos.
A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh.
Quase tudo mais caro
O aumento de preços na passagem de agosto para setembro foi, mais uma vez, generalizado entre os produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para o cálculo do IPCA-15. Dos 367 itens que compuseram a cesta analisada pelo órgão no mês, 253 registraram alta.
Com isso, o índice de difusão da inflação ficou em 68,9%. Dos nove grupos pesquisados, oito registraram aumento de preços – somente o de educação teve taxa negativa no mês, embora próxima da estabilidade.
Segundo o IBGE, a alta da inflação no mês foi puxada pelo grupo de transportes, cuja variação mensal foi o dobro da registrada na passagem de julho para agosto, resultado influenciado pela alta de 3% nos preços médios dos combustíveis, acima da alta de 2,02% registrada em agosto.
Além do grupo de transportes, outros três registraram variação superior à do mês anterior (alimentação e bebidas, artigos de residência e saúde e cuidados pessoais).
Os outros cinco grupos registraram desaceleração da taxa na comparação com agosto. Veja o resultado do IPCA-15 para cada um dos grupos: Alimentação e bebidas: 1,27% Habitação: 1,55% Artigos de residência: 1,23% Vestuário: 0,54% Transportes: 2,22% Saúde e cuidados pessoais: 0,33% Despesas pessoais: 0,48% Educação: -0,01% Comunicação: 0,02%.
Fonte: NULL