Presidente da CNseg explica ação na Justiça contra o SRO
Em rápida entrevista para a imprensa, nesta sexta-feira (02), durante intervalo do segundo dia da 7ª Convenção Nacional Lojacorr LC Summit, que está sendo realizada em Curitiba (PR), o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, explicou as razões que levaram a entidade a recorrer à Justiça visando interromper a implementação do Sistema de Registro de Operações de Seguros (SRO). Não somos contra o SRO nem a fornecer quaisquer informações. Muito pelo contrário. Já nos dispusemos a fornecer qualquer informação que a Susep necessite. O problema é que estamos enviando as informações para as registradoras, que não as estão repassando para a Susep, explicou o executivo.
Segundo ele, essa situação gera um grande risco, pois as seguradoras disponibilizam dados para terceiros sem saberem onde essas informações vão parar ou o que está sendo feito com esses dados. A gente só sabe, com certeza, que essas informações não estão chegando para a Susep. Então, o SRO não está cumprindo a finalidade de sua existência, alertou Oliveira.
O presidente da CNseg lembrou ainda que o SRO foi criado para que a Susep pudesse ter acesso a dados e, com base nessas informações, fazer análises, fiscalização e estudos e, eventualmente, criar normas. Então, até que o sistema esteja completo e a Susep receba as informações, a gente entende que deve ser suspenso o envio dos dados, acrescentou.
Ele disse ainda que as seguradoras não podem continuar tendo gastos elevados para implementar ou alterar seus sistemas e fornecer as informações e ver isso que não está servindo para nada.
Frisou ainda que a Susep continua recebendo informações diretamente das seguradoras e que não há qualquer prejuízo para o trabalho realizado pela autarquia.
Oliveira informou ainda que o mercado já gastou cerca de R$ 200 milhões para fornecer essas informações e não houve resultado algum. O nosso objetivo é suspender temporariamente o envio de dados para registradoras. Não estamos nos insurgindo contra a legislação em vigor, pontuou.
Fonte: NULL