Prêmio da JMalucelli Re atinge R$ 44,7 milhões em 4 meses
Em quatro meses de operação no mercado aberto de resseguros no País, a JMalucelli Re começa colher os frutos da aposta de um plano de negócios focado nas mais de 40 empresas do grupo empresarial paranaense.
A resseguradora contabiliza, de maio a setembro deste ano, o fechamento de 15.693 apólices que totalizam R$ 44,7 milhões em prêmios e se prepara para dar um novo passo: ampliar suas atividades, majoritariamente concentradas em seguro garantia, para os segmentos danos e vida.
O diretor Luiz Alberto Pestana está empolgado com as perspectivas que se desenham com o novo mercado, que deixou de ser monopólio estatal do IRB Brasil Re em abril. “Realmente o mercado tem nos apresentado oportunidades de atuar em outras áreas, tanto de danos como de vida.” Apesar de a seguradora e resseguradora do grupo JMalucelli ainda não terem decidido quando entram em novos territórios do mercado, o interesse é enfatizado. “Temos pensado bastante sobre isso”, reforça Pestana.
Estratégia
Uma estratégia que não muda é a utilização da permissão para atuar como resseguradora local na garantia das operações fechadas pela seguradora do conglomerado. Das 15.693 apólices fechadas pela JMalucelli Re, apenas 22 vieram de outras seguradoras. Os prêmios emitidos a partir de contratos da seguradora do grupo somam R$ 42,8 milhões – 95,8% do desempenho da resseguradora.
Pestana comenta que nem mesmo a crise financeira abalará os números da companhia. “Por enquanto não se percebe efeitos práticos significativos. A onda do maremoto vai chegar, mas não há indícios de que será um tsunami.” Para ele, as dificuldades serão mais sentidas no exterior. “Deverá haver certa alta nas taxas [de operações de resseguros], pois o mercado internacional certamente viverá uma fase de diminuição de capacidade [de garantia de risco], mas não deverá ser nada catastrófico”, explica Pestana.A JMalucelli Re foi a primeira resseguradora a entrar com pedido de cadastramento para atuar no mercado local, onde operam apenas IRB Brasil Re e Munich Re. A autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) só veio depois da abertura do setor, no fim de maio. A demora da aprovação e exigências quanto à prestação de contas das resseguradoras, com a entrega do Formulário de Informações Periódicas (FIP), geraram debates intensos entre empresa e órgão regulador.
Mas após seis meses da abertura do mercado, Pestana identifica avanços. “A Susep está aberta ao diálogo, e um fórum formado por alguns de seus técnicos e representantes dos membros da Aber [Associação Brasileira de Empresas de Resseguros] já existe. As discussões sobre o FIP, por exemplo, estão a pleno vapor e, mais uma vez, a Susep atendeu ao pedido da Aber, prorrogando a entrega do primeiro relatório em 20 de fevereiro de do ano que vem”, destaca Pestana.
Fonte: Gazeta Mercantil