Plano de saúde de apenas R$ 50
Empregadas domésticas do Rio poderão utilizar, a partir do dia 2 de março, o plano de saúde da categoria, já tendo em mãos as carteiras do convênio. A mensalidade custa R$ 49,85, para doméstica com até 43 anos, e dá direito a consultas, exames e internação, além de parto. O atendimento será feito em laboratórios, clínicas e hospitais conveniados à Salutar Saúde Seguradora, empresa de seguros registrada na Susep (Superintendência de Seguros Privados). O plano cobre os municípios do Rio, Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense. Para faixa a etária de 44 a 58 anos, a parcela sobe para R$ 121,60. No caso de consulta, a carência é de apenas 24 horas. Segundo Mario Avelino, presidente do Portal Doméstica Legal e idealizador do projeto, o modelo só vale para empregada doméstica com carteira assinada. O objetivo é incentivar a formalidade e fazer com que os patrões paguem este benefício aos seus empregados domésticos, explica Avelino. A despesa também pode ser dividida entre as partes. Avelino ressalta que o plano de saúde alternativo chega em momento importante. A informalidade no emprego doméstico na Região Metropolitana do Rio aumentou em 6,23% de 2006 (64,61%) até 2007 (70,84%), conforme dados da PNAD 2007 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).Em 2007, existiam 600.036 domésticas no Estado do Rio, sendo que apenas 190 mil tinham carteira assinada. O site www.domesticalegal.com.br destaca toda a relação da rede credenciada e o período de carência para cada tipo de procedimento. Hospitais como Pró-Saúde, Rio Guanabara, Evangélico e Israelita Albert Sabin estão cadastrados. Para internação clínica ou cirúrgica, o prazo de carência é de 180 dias (seis meses).Ultra-sonografias, por exemplo, têm prazo menor: 90 dias. Avelino lembra que a categoria é formada por mulheres (93%), por isso foi fundamental incluir o parto. Nesse caso, a carência é de 300 dias, ou seja, 10 meses. A historiadora Maria Lucia Cerutti Miguel é uma das empregadoras que já contrataram o plano de saúde para sua empregada. Escolhi o intermediário (R$ 132,60) porque tem mais especialidades médicas. A minha empregada poderá usar o mesmo centro radiológico que eu e minha família usamos. Além disso, aumenta a auto-estima das profissionais e será uma forma de elas tratarem da saúde e faltar menos ao trabalho, opina Maria Lucia, que vai descontar, simbolicamente, R$ 1 da funcionária no contracheque para evitar que o valor se incorpore ao salário mensal.
Fonte: O Dia OnLine