Pet Food movimenta US$ 2,067 bi no País
SÃO PAULO, 13 de setembro de 2006 – Com 29,7 milhões de cães e 14 milhões de gatos, o Brasil é o segundo maior país do mundo em população de caninos e felinos. É também o segundo maior produtor mundial de alimentos para animais de companhia, atrás apenas dos EUA. Produz 1,630 milhão de toneladas de alimentos por ano e deve fechar 2006 com faturamento de US$ 2,067 bilhões, crescimento 4,33% superior ao do ano passado.
“Há muito espaço para crescer na área de alimentos, produtos e acessórios pet, setor que movimenta mundialmente US$ 50 milhões por ano”, informa o vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfal Pet), e presidente da Total Alimentos, Antonio de Miranda.
No Brasil, entretanto, os fabricantes de alimentos para animais domésticos poderiam produzir mais. São 97 fábricas e 120 empresas. “Deveríamos estar gerando 3,63 milhões de toneladas de alimentos por ano com receita anual mínima de US$ 4,3 bilhões. A ociosidade de 52% na indústria brasileira, nesse setor, poderia ser aproveitada, mas o baixo poder aquisitivo da população e a alta carga tributária dificultam o acesso a esse tipo de produto”, lamenta o executivo.
Segundo Miranda, no Brasil, 95% dos alimentos fabricados para animais domésticos ficam no mercado interno e 5% são exportados. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais representam 60% do mercado consumidor. “Mas apenas 43% dos animais têm acesso aos produtos industrializados. Em países onde a economia é mais consolidada, a penetração dos alimentos pet é de 65%. Nos EUA, onde existem 100 milhões de gatos e 70 milhões de cães, a comida industrializada é consumida por 80% desses animais”, afirma.
Para o executivo, os impostos sobre esses produtos que, no Brasil, representam 49,9% do valor total dos alimentos deveriam ser equiparados aos dos componentes de alimentos e rações dos demais animais (soja, milho, trigo, carne e arroz) com índices de 15,25%. “Essa diferença existe porque os alimentos para cães e gatos são taxados como supérfluos”, lamenta o executivo.
Uma das principais reivindicações das empresas do setor é enquadrar os alimentos para os animais domésticos em alíquota idêntica àquela determinada para cesta básica, prática adotada por países de primeiro mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, os alimentos para humanos e para animais têm alíquotas idênticas e não superiores a 7,5%. Na Europa, a maior taxa é a da Alemanha, que não ultrapassa 18%.
Antonio Miranda estará presente na 5ª Edição da Pet South America, feira de produtos e serviços para animais, que será realizada de 20 a 22 de setembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. O evento, organizado pela VNU Business Media, contará com mais de 270 expositores dos setores de saúde animal, nutrição, aquarismo, equipamentos, acessórios, especialidades veterinárias, publicações e serviços, e cerca de 21 mil profissionais visitantes
Fonte: Invest News