Mercado de SegurosNotícias

País pode escapar da alta de preços

A crise mundial provocada pela escassez de crédito aumenta as pressões por melhores resultados operacionais, o que, em um segundo momento, terá impacto no preço do seguro e do resseguro em quase todo o mundo. A avaliação é do presidente da corretora de resseguros Guy Carpenter, Jorge Caminha, para quem o Brasil, por ser um mercado ainda praticamente virgem, pode ficar de fora dessa tendência. O mercado brasileiro é novo, acabou de ser aberto, e a oportunidade de novos negócios acaba contrabalançando a necessidade de um ajuste nas taxas, observou o executivo.
Para ele, mais do que nunca, a capacidade de saber negociar melhores condições contratuais será importante para que os consumidores brasileiros paguem menos pelo seguro e pelo resseguro.
Segundo o presidente da Guy Carpenter, a esperada redução da atividade econômica mundial poderá refletir no País e, em razão disso, na demanda por seguros. Mesmo assim, Jorge Caminha acredita que o mercado segurador permanecerá no caminho do crescimento em 2009, embora não arrisque prever o ritmo de expansão.
O titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Armando Vergilio dos Santos Júnior, concorda com a tese de que a crise internacional terá reflexo no desempenho da atividade de seguros brasileira em 2009. De qualquer forma, na visão dele, a tendência de crescimento do setor não será interrompida. O mercado continuará a crescer, mesmo experimentando alguma desaceleração devido à crise externa, disse Armando Vergilio.
ATÉ 15% MAIS. Na opinião dele, após dar um salto da ordem de 17% em 2007 e ter crescido mais de 17% no ano passado, o mercado de seguros brasileiro pode ter um incremento da ordem de 12% a 15% no atual exercício.
Armando Vergilio entende que o processo de abertura vem transcorrendo com sucesso, comprovado pelo número de empresas cadastradas para operar no País. Pelo controle da Susep, já são cinco resseguradoras locais, 16 admitidas (que têm escritório no Brasil, mas operam a partir do exterior) e 20 eventuais.
Ele comemora ainda o fato de o mercado segurador, incluindo a carteira de saúde, a previdência complementar aberta e capitalização, ter girado receita em torno de R$ 100 bilhões no ano passado.

Fonte: Jornal do Commercio

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?