OMS: Seguros de saúde pré-pagos são a chave para a cobertura universal
Os sistemas de saúde têm um potencial inexplorado para alcançar cobertura universal dos serviços, de acordo com um estudo realizado em países da Ásia e África e publicado este mês no Boletim da Organização Mundial de Saúde, OMS. O levantamento analisou informações de países como República Democrática do Congo, Gana, Quênia, Ruanda, Senegal, República Unida da Tanzânia e Uganda (África) e China, Índia, Filipinas, Tailândia e Vietnã (Ásia). De acordo com a pesquisa, a manutenção de planos de saúde aumentam a segurança financeira das pessoas, além de melhorar a saúde global, porque os detentores destes planos são mais propensos a usar os serviços, tanto de internação quanto ambulatorial. Hoje, no entanto, muitos países de média e baixa renda, não estão usando estes regimes de forma otimizada. Cobertura de saúde universal significa que todas as pessoas possam utilizar os serviços de saúde de que precisam para serem protegidas contra a dificuldades financeiras que os impeçam de pagar por estes serviços.
De acordo com o estudo, em 2011, os 193 estados-membros da OMS se comprometeram a reformar seus sistemas de financiamento da saúde buscando a cobertura universal, uma meta que não foi atingida pela maioria dos países. O maior problema encontrado pelas nações é definir a forma de financiar a cobertura de saúde universal, disse um dos autores do estudo, Ernst Spaan, do Radboud Nijmegen Medical Center, na Holanda, acrescentando que os resultados do estudo sugerem que os planos pré-pagos proporcionam uma solução para o problema. ” Nosso estudo descobriu que sistemas de seguro saúde, particularmente seguros comunitários ou sociais, têm um potencial inexplorado em países de média e baixa renda.”” Além de fornecer proteção financeira para aqueles que adoecem, nossos resultados confirmam a visão da OMS de que os mecanismos de saúde pré-pagos são a chave para a cobertura universal,” completa Spaan, referindo-se aos pagamentos por serviços de saúde particulares que levam milhões de pessoas à pobreza a cada ano.
Fonte: CQCS