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OMS inclui Brasil em programa para produção de vacinas contra gripe

GENEBRA – O Brasil deve ser um dos países a participar de planos de investimentos de até US$ 10 bilhões para aumentar a capacidade de produção mundial de vacina contra a gripe, a fim de evitar uma possível tragédia mundial, avisou ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade espera que o Brasil seja um dos produtores de vacinas, a princípio para atender sua população e, se possível, para atender a demanda de outros países na América Latina.
A OMS lançou ontem um plano de emergência contra uma possível pandemia global de gripe. Os cientistas temem que o vírus da gripe aviária, que já provocou a morte de mais de 150 pessoas desde 2003, possa ser o precursor de uma pandemia com potencial para causar milhões de vítimas.
O plano sugere o aumento do uso de vacinas atualmente existentes para a gripe que surge todo ano, sobretudo na Europa, afim de estimular a indústria a produzir mais.
Segundo a OMS, se forem levadas em conta apenas as ” forças de mercado ” , a produção máxima atingirá 2,3 bilhões de doses em 2009, três vezes menos do que o número de 6,8 bilhões de habitantes do planeta, que necessitam de pelo menos duas doses para se proteger contra a pandemia.
A capacidade de produção atual pode chegar a 500 milhões de doses por ano. Anualmente, a gripe faz 500 mil mortes.
Os especialistas consultados pela OMS estimam que o custo para novas fábricas é de US$ 1 por dose, de forma que 1 bilhão de doses exige investimento de US$ 1 bilhão. Se o investimento para uma nova fábrica é de US 1 por dose, o gasto com as vacinas existentes varia de US$ 3 a US$ 7 por dose, segundo a OMS.
Atualmente, apenas nove países produzem vacinas contra a gripe, sendo a China o único no bloco em desenvolvimento. Maria-Paule Kieny, diretor da OMS para pesquisa de vacinas, destacou que o Brasil já está avançado na produção no Instituto Butantan e é uma das esperanças entre países em desenvolvimento.
” O Brasil sem dúvida será destaque dentro do grupo de novos produtores ” , afirmou o diretor-adjunto da OMS, David L. Heymann. A canadense Arlene King, do programa de saúde pública daquele país, também deu o exemplo do Brasil como futuro produtor, beneficiando-se de transferência de tecnologia e provavelmente de financiamento.
(Assis Moreira | Valor Econômico)

Fonte: Valor

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