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O novo papel das empresas e a transformação no mercado segurador

O?estudo “Futuro do Trabalho”, publicado pelo?ManpowerGroup?Brasil e?O Futuro das Coisas,?levanta tendências interessantes de múltiplas jornadas a que organizações deverão se dedicar: “Enquanto olham e solucionam os desafios do dia a dia, devem estar atentas em se reconfigurar para superar barreiras, não apenas por uma questão de sobrevivência em um novo espaço-tempo, mas também – e principalmente – para revisitar sua contribuição para as pessoas, dentro e fora de seus times”.  

Além de toda expectativa dos consumidores e mercado, há outros empenhos globais vindos de instituições internacionais, como os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que esperam que empresas se conectem com as metas definidas para criar valor, atrair investimentos e, principalmente, impactar positivamente a sociedade e o futuro da humanidade. O Fórum Econômico Mundial também lançou o “Manifesto de Davos 2020” que traz como premissa para as empresas a vigilância dos direitos humanos em toda a cadeia; a proteção ao meio ambiente; o estímulo à qualificação profissional; a zero tolerância à corrupção; o pagamento de impostos; o uso ético de informações privadas; entre outras pautas. 

Ou seja, há um progressivo realinhamento de expectativas sobre o papel das empresas e de seus líderes. Cada vez mais, o ambiente corporativo tende a ser tomado por discussões que vão além da sua atuação de negócios, e passam por temas relacionados a ASG (ambiental, social e de governança). Em tempos de transformação, o mercado segurador não pode ficar para trás, mas tem que se manter conectado com o mundo e as mudanças que estão ocorrendo nas cadeias de processo, de relacionamento com stakeholders e de experiência com colaboradores e parceiros – apenas para citar alguns das muitas reavaliações a serem feitas pelas companhias. 

Mas como as empresas do mercado segurador podem se consolidar nesse cenário e se posicionar um ambiente acolhedor, empático e criativo para engajar e motivar colaboradores e parceiros a se transformarem em profissionais de alta performance agregando valor às empresas e sociedade? 

 Listamos, aqui, algumas boas práticas que podem acelerar esse processo:     

· Cascatear a estratégia de maneira contínua e sustentável, com reuniões formais primeiramente com a liderança e, depois, tendo um processo sistêmico para garantir que a mensagem seja compartilhada com os demais níveis. Essa estratégia deve estar conectada não só a metas da empresa, mas ao impacto que se espera na sociedade. Todo individuo deve entender seu propósito, a visão da empresa e como está conectado a ela. 

· Para ações voltadas a ASG e DEI (diversidade, equidade e inclusão), é importante construir um processo de governança em que a alta liderança apoie essa transformação e que exista um comitê para acompanhar as ações que estão sendo implantadas. São temas que devem ser levados com seriedade e não apenas contar com a disponibilidade de voluntários – embora esses sejam de extrema importância no processo. 

· Esses temas constituem-se uma jornada que tem um início, mas não um ponto final, sendo necessárias pequenas e simples ações que tragam aos colaboradores a oportunidade de entender o motivo para esses temas estarem sendo discutidos e que papel podem ter nessa jorna. Um exemplo é que, para aplicar ações de DEI, muitas vezes, as empresas organizam-se para altos investimentos, quando podem começar com as histórias inspiradoras e ações de mudança com os próprios colaboradores. 

· Quando falamos em inovação para o mercado segurador é crucial ter um canal para ouvir as necessidades dos clientes e corretores e entender a tendências do mundo, abrindo possibilidades de para construir um Grupo de Trabalho que pense em ações rápidas que podem ser testadas e validadas para serem implantadas.

Ou seja, se existe uma transformação no papel que as empresas têm na sociedade, é importante que o mercado segurador adote as mudanças necessárias para não perder relevância e nem credibilidade nesse novo cenário. Como os exemplos listados acima pontuam, muitas vezes, o que se precisa é pensar “simples” com ações básicas, aplicando o conceito “ágil” e empoderando as equipes. Esses podem ser pequenos passos para as empresas e um grande salto para o setor. 

Caroline Arice e Renata Santos

Aliada e Co-líder do Grupo de Afinidade de Gênero WE|Mulheres Seguras.

Caroline Arice e Renata Santos

Aliada e Co-líder do Grupo de Afinidade de Gênero WE|Mulheres Seguras.

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