O mercado da violência
Dois estudos sobre o setor de seguros e a indústria de segurança, de mercados aparentemente distintos, permitem, se analisados em conjunto, interessantes conclusões sobre tendências da economia no Brasil e no mundo. Ambos apresentam crescimento significativo e consistente nos últimos anos.
De um lado, a sua boa performance evidencia a justificada preocupação de pessoas físicas e jurídicas com os riscos advindos da conjuntura política mundial e/ou da criminalidade. Entretanto, de outro lado, mostra que a consciência relativa à prevenção, antes uma peculiaridade do primeiro mundo, avança de modo muito positivo nas nações emergentes.
Informações recentes demonstram que o mercado mundial de segurança vivencia um período de expansão estável e forte. Sua evolução tem variado entre seis e oito por cento ao ano. Essa indústria movimenta cerca de US$ 50,48 bilhões anuais. O ritmo de crescimento deverá manter-se pelo menos por mais cinco anos, estimam os especialistas.
Cerca de 43% desse mercado refere-se a sistemas eletrônicos de controle de acesso e alarmes, que são os de maior tecnologia agregada nesse setor de atividades.
A tendência de expansão também se verifica no setor de seguros, que registra receita total, em todo o mundo, de US$ 3,4 trilhões por ano. Recente estudo da Escola Nacional de Seguros demonstra que o mercado registra expansão mais rápida nas nações emergentes.
A mesma lógica provavelmente mova os mercados de segurança e de seguros, a começar pela necessidade de proteção, prevenção e possibilidade de ressarcimento, ante os riscos a que estão submetidas pessoas físicas e jurídicas.
A necessidade de investimentos em proteção fica ainda mais evidente quando se analisa o relatório sobre criminalidade e violência apresentado pela ONU. A violência faz com que o mercado de segurança no Brasil movimente cerca US$ 49 bilhões ao ano, o equivalente, em reais, a 10% do PIB brasileiro.
Senhas e sistemas convencionais de identificação podem ser facilmente copiados ou forjados. A identificação biométrica, ao analisar um traço físico do usuário na tentativa de acesso ao ambiente, confere um maior nível de proteção ao sistema, autorizando ou não a passagem deste.
Os sistemas biométricos conferem maior segurança de acesso aos ambientes restritos, quando comparados aos tradicionais, e podem ser usados em catracas, controles de estacionamentos (tarifado ou não) e relógios de ponto. O equipamento de ponto agrega, ao baixo custo, facilidade operacional que lhe permite a utilização em lojas, academias, restaurantes, clínicas, escritórios ou pequenas empresas comerciais ou industriais.
Fonte: Diário do Comércio