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Novos desafios reforçam os investimentos em tecnologia

A incansável busca por redução de custos operacionais, prevenção contra fraudes e ganho de competitividade no mercado de seguros fez com que os investimentos em tecnologia da informação por parte das seguradoras acompanhassem a taxa de crescimento do setor nos últimos anos, cuja média está em 20%. Levantamento da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) indica que as seguradoras do País deverão desembolsar cerca de R$ 1,4 bilhão em sistemas e melhorias de processos em 2008. Unibanco AIG, Allianz, Aliança do Brasil e Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Re) respondem por R$ 120 milhões do bolo.
Mas a abertura do mercado brasileiro de resseguros, em abril deste ano, a chegada ao Brasil do International Financial Reporting Standards (IFRS), novo padrão contábil que inclui as seguradoras, e a utilização cada vez mais intensa da internet nos negócios são desafios que aumentam a relevância desses investimentos nas estratégias das companhias.
“Por meio de questionários, a gente estabeleceu um percentual de investimentos em TI em relação ao total de prêmios emitidos para chegar a uma estimativa. Neste ano e no ano que vem, a forte competitividade entre as empresas indica que o valor dos investimentos continue crescendo”, explica Sidney Dias da Silva, presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da Fenaseg e executivo da área de tecnologia da Aliança do Brasil.
Um indicativo dessa tendência, segundo Silva, é a maior presença de “gente de negócio” na comissão de TI e no principal evento do setor, o 4 Insurance IT Meeting, que acontece neste fim de semana em Angra dos Reis (RJ). “Nossa idéia é mostrar que o negócio de seguros hoje sem TI não é viável.” O seminário colocará frente a frente profissionais das seguradoras com importantes especialistas em TI, como Fábio Gandour, cientista-chefe da IBM Brasil, e Silas Devai, da área de instituições financeiras da Accenture. “O mercado segurador é conservador por natureza, logo as demandas de tecnologia são mais conservadores, mas hoje a TI está começando a empurrar a inovação para o negócio, por isso temos interesse na forte participação das pessoas de negócios no seminário”, comenta Ricardo Brandão, gerente de tecnologia do IRB – Brasil Re e um dos organizadores do encontro.Excelência operacional
Devai, da Accenture, conta que executivos das 25 maiores seguradoras brasileiras estão preocupados em atingir a excelência operacional ao investirem em TI. “Isso significa custo operacional mais baixo, os diretores querem obter retorno dos gastos em tecnologia na precificação e no desenvolvimento de produtos.” Segundo o executivo, esse ganho é observado quando uma companhia adota sistemas que transformam processos manuais em eletrônicos. “Um software ou uma ferramenta customizada minimiza a chance de erros e agiliza o atendimento ao cliente.”
O cliente é o norte dos R$ 30 milhões investidos anualmente em TI pela Unibanco AIG. Segundo Curt Zimmermann, superintendente-executivo de operações de TI da seguradora, a companhia tem reforçado os serviços online. “Além de desenvolver novos produtos e ampliar nossa infra-estrutura de informática, pensamos bastante na conveniência para o segurado. Um exemplo é a apólice eletrônica, ferramenta que melhora a gestão do sinistro e ajuda na renovação dos seguros”, diz
Com um orçamento anual de R$ 35 milhões, o presidente da Allianz Seguros, Max Thiermann, ressalta que os gastos em tecnologia estão baseados na prevenção contra fraudes. “Com ferramentas mais modernas, o combate a fraude sai do campo policial para entrar no campo eletrônico, podemos antecipar com mais eficiência nossos riscos.”

Fonte: Gazeta Mercantil

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