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Nova regra contábil afeta área de seguros

O Grupo Bradesco de Seguros e Previdências fechou os nove primeiros meses do ano com lucro líquido de R$ 1,89 bilhão, recuo de 9,67% sobre os R$ 2,09 bilhões apurados em igual período do ano passado. O vice-presidente executivo do grupo, Samuel Monteiro dos Santos Júnior, explicou que o cálculo foi afetado uma mudança na regra contábil brasileira, que determinou o aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das seguradoras de 9% para 5%, e da ocorrência de eventos extraordinários, como aumento na sinistralidade e das despesas operacionais.
Monteiro ressaltou, contudo, que os eventos não recorrentes foram compensados pelo faturamento maior do grupo segurador. O volume de prêmios emitidos de seguros (faturamento com a venda de novas apólices e contratos em vigência) nos nove primeiros meses de 2009 foi de R$ 18,29 bilhões, com alta de 7,8% sobre igual período do ano passado, quando o indicador atingiu R$ 16,94 bilhões. Os prêmios ganhos nos nove primeiros meses do ano ficaram em R$ 9,78 bilhões, o que representa aumento de 9,7% sobre período equivalente do ano passado (R$ 8,88 bilhões). A empresa fechou o ano com uma base de 30 milhões de clientes, segundo Monteiro.
Os fatores não recorrentes foram mitigados pelo aumento de cerca de 8% nas vendas do ano. A CLSS, no entanto, foi o que mais impactou em nosso resultado, fazendo com que ele tivesse queda redução de R$ 200 milhões. Sem o aumento da contribuição, nosso lucro líquido teria crescido de 10% a 11% no ano, afirmou Monteiro, de Londres, onde a companhia será contemplada pela segunda vez com o prêmio Melhor Seguradora da América do Sul 2009 concedido pela revista britânica World Finance.
SINISTRO. Segundo Monteiro, a frequência de sinistros cresceu no período devido a fatores extraordinários e sazonais, como a gripe suína, o aumento da concessão dos benefícios pós-emprego e as abundantes chuvas observadas no País. A gripe suína, explicou, levou ao aumento de consultas e exames nos hospitais e clínicas, afetando, portanto, na sinistralidade na área de seguro de saúde.
O aumento da ocorrência das chuvas e consequentemente das enchentes, afirmou Monteiro, teve impacto direto na área de seguro patrimonial. O índice de sinistralidade, ao final dos nove primeiros meses do ano, ficou em 77,2%, enquanto em igual período do ano passado ele esteve em 72,4% – alta de 4,8 pontos percentuais.

Fonte: Jornal do Commercio

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