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No 4º dia de protestos, Temer recebe ministros e presidente da Petrobras

No quarto dia dos protestos de caminhoneiros pelo país, o presidente Michel Temer se reune nesta quinta-feira (24), no Palácio do Planalto, com ministros, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Segundo a assessoria do presidente, participam da reunião os ministros Eduardo Guardia (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Moreira Franco (Minas e Energia) e Valter Casimiro (Transportes).

O governo tenta encontrar uma solução para encerrar a paralisação dos caminhoneiros, que protestam desde segunda contra a alta do preço do diesel, motivada pela política de preços da Petrobras, que determina o valor da venda dos combustíveis aos distribuidores com base na oscilação do preço do petróleo no mercado internacional e na variação do dólar.

O movimento tem bloqueado rodovias em todo o país, com reflexos no transporte coletivo, nas atividades de indústrias, no abastecimento de alimentos e risco de falta de combustível em aeroportos.

A Petrobras informou que não mudará a política de reajustes, contudo, na quarta anunciou uma redução de 10% por 15 dias no preço do diesel vendido pelas refinarias como um “gesto de boa vontade” para dar solução à crise motivada pelo movimento dos caminhoneiros.

O governo anunciou na quarta que está em contato permanente com os caminhoneiros. Três ministros se reuniram na quarta com representantes da categoria, mas o encontro terminou sem acordo. Uma nova reunião está prevista para a tarde desta quinta no Planalto.

Os caminhoneiros pedem a redução de PIS-Cofins e ICMS e que os reajustes no diesel sejam adotados de três em três meses. Também foi pedido ao governo que os caminhões que trafegam vazios, com eixos suspensos, não paguem pedágio em rodovias federais que estão sob concessão dos estados.

Temer também precisa lidar com o impacto da decisão da Câmara dos Deputados, que aprovou na noite de quarta (23) o projeto que elimina a cobrança de PIS-Cofins sobre o diesel até o fim de 2018. A proposta ainda precisa ser analisada pelo Senado.

A eliminação temporária do tributo foi incluída no projeto que reonera a folha de pagamento das empresas de 28 setores da economia. No entanto, o acordo costurado pelo governo previa zerar a cobrança de outro imposto, a Cide.

O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) tem dito que a arrecadação prevista pela reoneração não compensa a perda de receita com a eliminação de PIS-Cofins.

O blog do jornalista Gerson Camarotti informou que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi informado que zerar o PIS-Cofins sobre o diesel não custará apenas R$ 3,5 bilhões.

O cálculo correto é de cerca de R$ 14 bi, segundo a Receita Federal. Por isso, os deputados terão que negociar com o Senado um corte na redução do PIS-Confins.

 

Fonte: G1

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