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Negocie custos dos planos de previdência

Uma alternativa comum na hora de planejar a aposentadoria é investir por conta própria, principalmente quando o interessado é disciplinado e tem tempo para fazer as melhores escolhas no mercado financeiro. Mas se esse não é o seu caso e você decidiu optar por um plano de previdência privada, não se esqueça de avaliar e negociar os custos desse tipo de aplicação.
Esses fundos, além da taxa de administração, podem contar com outra cobrança conhecida como taxa de carregamento. Esse custo extra, que por lei é de no máximo 10% do valor da aplicação, fica, em média, em torno de 5% na maioria dos bancos.
O custo tem um peso significativo no patrimônio do investidor. Um cotista que tivesse aplicado, por exemplo, R$ 1 mil mensalmente durante um ano deveria acumular R$ 12 mil de contribuição ao final do período. No caso de o plano cobrar um carregamento de 2% por aplicação, o valor investido diminuiria R$ 240. Ou seja, no final do período o investidor teria aplicado, efetivamente, apenas R$ 11.760.
Negocie
Para especialistas, antes de aplicar, o investidor deve pesquisar se a forma de cobrança da tarifa se adéqua às necessidades dele. Alguns bancos aceitam, inclusive, negociar o valor da taxa, dependendo do total a ser aplicado.
“Para valores pequenos é praticamente impossível negociar uma boa taxa de carregamento. Nesses casos, vale a pena o investidor comparar planos que cobrem a taxa de diferentes maneiras”, recomenda o consultor financeiro Silvio Paixão. Segundo o consultor, regra geral, somente os investidores com mais de R$ 100 mil conseguem negociar um custo menor. Nos casos de seguradoras de menor porte, esse valor pode garantir até mesmo a isenção da tarifa.
Paixão recomenda que, para negociar a taxa, o investidor pesquise pelo menos três planos de previdência com rentabilidades semelhantes, mas que sejam oferecidas por seguradoras de tamanhos diferentes. Além disso, é preciso conhecer os diversos tipos de cobrança da taxa de carregamento. Veja abaixo as mais tradicionais e saiba para quem é recomendado cada uma delas.
Taxa fixa
Nesse modelo, é cobrada uma tarifa fixa no momento da aplicação. Se o investidor aplicar R$ 100 em um plano com taxa de carregamento de 5%, por exemplo, somente R$ 95 vão efetivamente para a conta do aplicador. “Essa é a maneira mais antiga de cobrança. Com tantas opções diversificadas no mercado, não recomendo esse modelo para ninguém”, conta o diretor de previdência da Mapfre Seguros, Carlos Alberto Gadia Barreto.
Taxa de acordo com o valor da aplicação
Para quem deseja fazer aplicações de uma quantia média, a partir de R$ 1.000 em grandes seguradoras e a partir de R$ 500 em pequenas seguradoras, já vale a pena optar por fundos com uma tabela regressiva de tarifa, de acordo com o valor a ser investido. “Entre R$ 250 e R$ 500, o investidor consegue um carregamento de 1%. A partir desse valor, há seguradoras que dão isenção da tarifa”, afirma o gerente de produtos de previdência da Icatu Hartford, Luís Martinez.
Taxa cobrada no resgate, de acordo com o tempo de aplicação
Para especialistas, as taxas cobradas no resgate são a melhor opção, já que todo o dinheiro aplicado tem rendimento até a retirada dos recursos. “Se a instituição oferecer tabela escalonada por tempo de contribuição, melhor ainda”, diz Paixão.
“Esse plano é adequado para quem pretende não mexer no dinheiro nos próximos cinco anos”, avalia a superintendente de produtos da Unibanco AIG, Aline Coropos. No caso do Unibanco, a taxa é dividida. No ato da aplicação, é cobrado 0,5% de carregamento. Na saída, o investidor deve pagar o restante da taxa, dependendo do tempo que deixou o dinheiro aplicado. Quanto maior for o período, menor a taxa a ser paga.
Taxa de acordo com o patrimônio
Quem possui patrimônio a partir de R$ 100 mil para aplicar em um plano de previdência tem a chance de negociar taxas menores, segundo especialistas. “Quanto maior o volume de recursos aplicados, menor a taxa paga”, explica o diretor-executivo da área de Seguros, Previdência e Capitalização do Itaú, Osvaldo do Nascimento. Segundo o diretor-executivo, a taxa média de carregamento da carteira do Itaú está em 1,7% por contribuição. “Negociamos a tarifa para grandes investidores. Se o patrimônio for acima de R$ 250 mil, por exemplo, a taxa é de 0%”, afirma Nascimento.

Fonte: Administradores / Yolanda Fordelone – AE In

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