Mulheres pagam menos pelo seguro de carro e de moto
O IPSA + IPSM – Índice de Preço do Seguro de Automóvel e Moto de novembro, desenvolvido pela TEx, parte da Serasa Experian, mostra que as diferenças entre gêneros continuam influenciando a precificação do seguro no Brasil. No seguro de automóvel, os homens encerraram o mês com índice de 4,9%, acima do registrado entre as mulheres, que recuou para 4,6%. Enquanto isso, no seguro de moto, a diferença também se manteve: 9,5% para homens, contra 9,1% para mulheres.
Os dados indicam que o gênero segue associado a distintos perfis de risco percebidos pelas seguradoras, sobretudo quando combinado a outros fatores comportamentais. Entre segurados solteiros, por exemplo, os índices permanecem mais elevados em ambos os segmentos. Homens solteiros pagaram, em média, 6,1% no seguro auto e 11,0% no seguro de moto, enquanto mulheres solteiras registraram 5,7% e 10,0%, respectivamente.
A análise por faixa etária reforça o padrão. Motoristas de 18 a 25 anos concentraram os maiores índices do mercado, com 9,1% no seguro auto e patamares superiores a 15% no seguro de moto. Já entre condutores com 56 anos ou mais, o IPSA ficou em 3,9%, evidenciando uma redução significativa do risco percebido. Nesse recorte, a diferença entre jovens e idosos se soma às variações por gênero, ampliando o impacto demográfico na precificação.
A leitura por gerações mantém a hierarquia tradicional: a Geração Z apresenta os maiores índices, enquanto os Baby Boomers registram os menores, com estabilidade desse comportamento ao longo do ano.
Em novembro, o seguro de automóvel caiu para 4,8%, o menor nível de toda a série recente, consolidando a trajetória de queda observada ao longo de 2025. Já o seguro de moto encerrou o mês em 9,4%, segundo menor valor dos últimos 12 meses, mas ainda mantendo-se acima de 9% durante todo o ano.
Segundo Emir Zanatto, Head de Seguros da Serasa Consumidor, o mercado segue operando em ritmos distintos. “O seguro de automóvel mostra acomodação, queda gradual e maior previsibilidade ao longo do ano. Já o seguro de moto segue pressionado, com maior volatilidade e desafios estruturais ligados ao risco, o que exige atenção permanente de seguradoras e corretores.”
Contratação, localização e características do veículo seguem como fatores-chave
Além do perfil do segurado, o tipo de contratação continuou sendo determinante. Apólices novas mantiveram os maiores índices em novembro, enquanto renovações — tanto com a mesma corretora quanto com outra — apresentaram valores menores, reforçando o peso do histórico e da relação de longo prazo.
A localização também segue decisiva. A região metropolitana do Rio de Janeiro apresentou os maiores índices do país. Enquanto isso, Belém registrou os menores, ampliando as diferenças regionais tanto no seguro auto quanto no de moto.
Por fim, o IPSA + IPSM de novembro confirma um mercado de seguros veiculares marcado por contrastes. Enquanto o seguro de automóvel avança em um ciclo de queda e maior previsibilidade, o seguro de moto permanece em um patamar elevado e mais sensível a variações de risco. Sendo assim, gênero, idade e estado civil continuam sendo variáveis centrais para compreender as diferenças de preço entre os segurados.
Fonte: Seguro Nova Digital
