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Mulheres estão pagando mais caro pelo seguro de carros

O valor do seguro para os modelos mais emplacados no país subiu nodois primeiros meses do ano 6,3% em média. E esse índice é puxado pela elevação de 20,5% na média de preço do seguro para o perfil feminino em todo o país – mesmo que, para o consumidor do sexo masculino, tenha havido uma redução média de 7,9%.

 

 

 

Os dados são da Bidu, plataforma online de comparação e contratação de seguros, divulga estudo com com valores dos seguros para as versões de entrada dos dez veículos mais vendidos no país.

 

 

 

O relatório, produzido mensalmente desde 2016, analisou o preço médio do seguro em cinco capitais brasileiras (Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza). E compara o perfil de homens e mulheres de 35 anos, casados, sem filhos, com garagem em casa e no trabalho e que estão contratando o seguro pela primeira vez.

 

 

 

No atual relatório, o destaque no acréscimo do valor do seguro fica para Brasília – que obteve aumento de 28,5% para o perfil feminino. Mas em todos os municípios estudados há elevação nos preços para as condutoras.

 

 

 

E mais: a elevação no valor médio do seguro para mulheres aconteceu para todos os oito veículos cotados. Mas os maiores aumentos na cotação de preços médio para o perfil feminino são registrados para o Renault Kwid e para o Ford Ka – com 41,9% e 35,8%, respectivamente.

 

 

 

Não há uma explicação direta para o fenômeno. Michele Alves, sócia e head de produto do Grupo Thinkseg, que integra a Bidu, diz não é possível apontar causas. “Quem determina a precificação são as seguradoras. E cada uma tem a sua metodologia para avaliar os riscos de segurar um automóvel”, ressalta Michele.

 

 

 

Mas alguns atributos definem o perfil: gênero, endereço, idade, valor do bem segurado e outras estatísticas das seguradoras. “Até uma experiência ruim da carteira de uma seguradora com um dos perfis pode aumentar, ocasionalmente, o preço”, diz Michele.

 

 

 

“Além do mais, as seguradoras alteram diariamente as taxas, com cálculos on-line. E os reajustes são em decorrência das estatísticas de sinistros como colisão, roubo, fraude etc. As empresas avaliam até qual é a cor dos carros mais roubados”, reforça Adeildson Duarte, diretor-executivo da Duarte Corretora de Seguros, do Distrito Federal.

 

 

 

Apesar do aumento dos custos, as mulheres ainda pagam menos pelo serviço. No entanto, pelo levantamento da Bidu, há uma redução significativa na diferença entre o preço médio do seguro para homens e para mulheres.

 

 

 

No mês anterior, as condutoras desembolsaram, em média, R$ 2.216 – enquanto os homens pagavam R$ 3.127, numa diferença de 41,11%. Já em fevereiro, essa discrepância foi de apenas 7,1%, com o perfil masculino e feminino pagando R$ 2.771 e R$ 2.573 respectivamente.

 

 

 

Variação entre as cidades

 

 

 

Brasília permanece como o lugar que possui o seguro mais barato entre as capitais estudadas. A média geral do preço do seguro dos dez modelos do ranking, para homens e mulheres, ficou em R$ 2.151.

 

 

 

O Rio de Janeiro figura novamente com a média geral mais alta, considerando os dois perfis, com cotação de R$ 3.580 – uma diferença de 66,4% em relação ao preço médio cobrado na capital do país.

 

 

 

Custo-benefício

 

 

 

No Relatório Bidu deste mês, o Volkswagen Polo aparece como o veículo que apresenta o melhor custo-benefício: a relação entre o preço médio do seguro e o valor de mercado do veículo (price ratio), para ambos os perfis. Para as mulheres, o price ratio é de 5,2% e para os homens é de 5,7%.

 

 

 

Já a relação de menor custo-benefício para os condutores do sexo masculino fica para o Volkswagen Gol, que registra price-ratio de 7,9%. Para as mulheres, neste mesmo quesito, há um empate entre três automóveis, o Fiat Mobi, o Renault Kwid e o Volkswagen Gol, todos com o price ratio de 7,2%.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Metrópoles

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