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Moody’s fala de suas perspectivas para os ratings

A Moody’s Investors Service atribuiu os ratings de força financeira de seguradoras Aaa.br, na escala nacional brasileira, e Baa2, na escala global moeda local, à Chubb do Brasil Companhia de Seguros (“Chubb do Brasil”). A perspectiva para ambos os ratings é estável.
De acordo com a Moody’s, estes ratings refletem a diversificação de produtos, o nível de subscrições adequado comparativamente a seus pares, a eficiência de distribuição e a utilização de múltiplos canais pela Chubb do Brasil. A companhia subscreve primordialmente seguros de automóveis (38% dos prêmios retidos acumulados em 30 de setembro de 2006), responsabilidade civil (14%) e uma variedade de linhas para propriedades e de responsabilidade civil em suas operações de seguros, bem como seguro de vida em grupo (13%), principalmente para pessoas de alta renda e empresas de médio e pequeno porte. Outras linhas de negócios importantes incluem seguros de transporte de cargas nacionais e internacionais e coberturas de equipamentos agrícolas. Como provedor de linhas de seguros pessoais e comerciais no Brasil, a distribuição de produtos da Chubb do Brasil é principalmente conduzida por corretores locais e internacionais, porém, a companhia também expandiu recentemente sistemas de distribuição alternativos.
Ao comentar sobre a força da marca da companhia, a Moody’s observou que com uma participação de mercado inferior a 2%, a Chubb do Brasil é uma companhia relativamente pequena no setor de seguros gerais brasileiro, comparativamente às maiores companhias nacionais que tendem a ter participações de mercado entre 7% e 10%, ou superiores. Desta forma, a capacidade operacional da companhia é sustentada por sua forte infra-estrutura local, bem como por suas subscrições compartilhadas, sinistros, e por seu “expertise” atuarial e financeiro, que desfruta como parte do globalizado Grupo Chubb de companhias seguradoras, que subscreve seguros pessoais, comerciais e especiais mundialmente. Adicionalmente, a diversificação de produtos da companhia no segmento de seguros gerais e o “spread” de risco em seu portfólio de subscrição foram considerados favoravelmente.
Alejandro Pavlov, Vice Presidente e Analista Senior da Moody’s e analista líder para a Chubb do Brasil observou: “O perfil de negócios e a posição financeira favorável da Chubb do Brasil a posicionam bem em nossa opinião. Apesar de sua reduzida escala de negócios no mercado brasileiro, a Chubb do Brasil é uma componente integral das operações regionais do grupo na América Latina e uma das plataformas para futura expansão de negócios na região.
Igualmente à maioria das seguradoras brasileiras, o perfil de investimentos da Chubb do Brasil é concentrado com aproximadamente 90% dos investimentos em títulos do governo brasileiro, refletindo principalmente as diretrizes regulatórias para investimentos, que sustentam os passivos das apólices de seguros. O rating Ba2, atribuído a maioria destes títulos, é, em última análise, um fator limitador do perfil de crédito da companhia, analisado sob a ótica global. Porém, a estratégia de investimento da Chubb lhe provê ampla flexibilidade para alternar entre investimentos em moeda local e investimentos denominados em dólar, caso necessário. A modesta exposição à resseguros cedidos (para o IRB – o ressegurador – controlador estatal) e à ativos intangíveis são aspectos positivos de crédito. Nos últimos anos, a companhia tem diversificado sua carteira de negócios, distanciando-se de maiores riscos, buscando maiores volumes de apólices com limites menores, visando melhorar seus resultados operacionais líquidos. Apesar da preferência da companhia em reter praticamente a totalidade do risco bruto subscrito expõe a algum grau de volatilidade, seus resultados devem permanecer relativamente previsíveis, uma vez que estas apólices apresentam pouca exposição a perdas por catástrofes.
Na opinião da Moody’s, a Chubb apresenta boa adequação de capital, com ampla folga em sua margem regulatória de solvência e perfil de alavancagem bruta em linha com as médias do setor. Apesar de, recentemente, a forte expansão das principais linhas de negócios ter reduzido sua margem de capital, a força dos lucros em conjunto com os aportes do controlador para sustentar o crescimento estabilizaram o perfil da alavancagem operacional da companhia.
A Moody’s observou que os ganhos da Chubb do Brasil foram fortes em 2005 e 2006 com retorno sobre patrimônio próximo a 20%, seguindo-se os períodos relativamente fracos em 2003 e 2004. Em razão da preferência da companhia em reter a maior parte de seu risco subscrito e de depender moderadamente de resseguros cedidos ao IRB, a Moody’s prevê que, ao longo do tempo, a companhia gerará lucratividade acima da média, no futuro, apesar de, possivelmente, com um grau de volatilidade acima da média relativamente às médias do setor. A agência de rating também comentou que a margem de despesas da companhia, de 40% (relativamente aos prêmios retidos) compara-se favoravelmente a seus maiores e mais proeminentes competidores, permitindo à Chubb do Brasil competir efetivamente em seus segmentos de negócios.
Finalmente, a Moody’s observou que a afiliação da Chubb do Brasil à The Chubb Corporation (NYSE: CB), líder internacional em seguros gerais, é uma consideração positiva de crédito, uma vez que a companhia pode dispor de pronto acesso ao “expertise” da administração em todas suas principais áreas operacionais, incluindo subscrição, finanças, atuarial e gerenciamento de sinistros. Adicionalmente, a The Chubb Corporation (cuja principal seguradora subsidiária, a Federal Insurance Company, tem rating de força financeira de seguradora Aa2 (escala global) e rating de dívida sênior A2), beneficia-se de sua grande flexibilidade financeira, o que se reflete em sua modesta alavancagem financeira (inferior a 20%), suas fortes métricas de cobertura de despesas financeiras e encargos (superior a 7x em termos de disponibilidade de caixa, e superior a 12x em termos de lucro), e capitalização superior a US$ 20 bilhões. Na visão da Moody’s, a Chubb do Brasil se beneficia por ser controlada pela Chubb e pela sua flexibilidade financeira.
Alan Murray, Vice Presidente e Senior Credit Officer da Moody’s, analista líder para a The Chubb Corporation e autor do relatório Perspectiva para o Mercado Segurador Brasileiro recentemente publicado, observou: “o gerenciamento financeiro e operacional da Chubb do Brasil, bem como sua governança e comprometimento com a transparência financeira e integridade também são marcas da controladora, The Chubb Corporation. As culturas de subscrição e de gerenciamento de sinistros também refletem a disciplina da Chubb em suas operações mundiais.
Sustentando sua visão de suporte do controlador, a Moody’s observou que a The Chubb Corporation fez vários aportes de capital importantes para a Chubb do Brasil ao longo dos anos, para viabilizar o crescimento rentável da companhia. Os ratings contemplam a expectativa da Moody’s, de que a The Chubb Corporation continuará acessível em prestar suporte à Chubb do Brasil, especialmente em razão de sua alta lucratividade e crescimento, bem como da estabilidade macroeconômica do País, e considerando que a Chubb do Brasil é a maior entre as cinco outras operações da Chubb na América Latina, que inclui subsidiárias no México, Argentina, Chile (classificadas pela Moody´s) e Colômbia.
A Moody´s observou que uma tendência sustentada em maiores lucros nas subscrições (com indicadores combinados abaixo de 95%) nos próximos anos, um perfil de negócios mais balanceado e diversificado (com quatro ou mais linhas de negócios representando mais que 10% dos prêmios retidos), e/ou suporte explícito por parte da Federal Insurance Company ou da The Chubb Corporation, poderiam resultar numa elevação do rating. Entretanto, um aumento significativo do indicador de alavancagem bruta de subscrições (superior a 6x ao patrimônio da companhia), enfraquecimento contínuo dos lucros (retorno sobre patrimônio inferior a 5%) ou a menor diversificação dos negócios são fatores que poderiam resultar no rebaixamento dos ratings.
A Chubb do Brasil Companhia de Seguros é sediada em São Paulo e tem filiais em Belo Horizonte, Brasilia, Curitiba, Rio de Janeiro e Porto Alegre. No período de nove meses de 2006 a Chubb do Brasil apresentou prêmios retidos de R$ 383,6 milhões e lucro líquido de R$ 20,7 milhões. Em 30 de setembro de 2006 a companhia apresentava patrimônio líquido de R$ 161 milhões, comparativamente a R$ 141 milhões em 31 de dezembro de 2005. No período de nove meses de 2006 a The Chubb Corporation, sediada em Warren, New Jersey, EUA, apresentou prêmios consolidados retidos de US$ 9,0 bilhões, resultado liquido consolidado de US$ 1,9 bilhões e patrimônio líquido consolidado de US$ 13,6 bilhões em 30 de setembro de 2006.
NOTA: A Escala Nacional Brasileira da Moody´s classifica o risco de credito de um entidade, em bases relativas, a outras entidades no mesmo pais. Estes ratings são concebidos para uso no mercado local (nacional) e não são globalmente comparaveis. Para empresas brasileiras, os rating na escala nacional apresentam o modificador .br. Os ratings na escala global moeda local indicam o risco de credito relativo de uma entidade numa base globalmente comparavel. Conjuntamente, os ratings na escala nacional e na escala global provêm uma opinião abrangente sobre o risco de credito de uma entidade. Os ratings de força financeira de seguradoras da Moody’s são opiniões sobre a capacidade das companhias seguradoras para pagar os sinistros das apólices de seguros seniores e suas obrigações.
Para maiores informações, acesse www.moodys.com.br

Fonte: Seguros.inf.br

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