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Monitor do PIB da FGV aponta retração de 1% em agosto

A economia brasileira teve retração de 1% em agosto, na comparação com julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (19) pelo Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Já no trimestre móvel encerrado em agosto houve crescimento de 0,7%, na comparação com o período de 3 meses encerrado em maio.

Na comparação interanual, a atividade econômica cresceu 4,4% em agosto e 6,7% no trimestre móvel encerrado em agosto. O recuo de 1% do PIB em agosto estimado pela FGV foi pior que o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que apontou queda de 0,15% em agosto, na comparação com o mês anterior.

Apesar da retração no mês de agosto, a FGV destacou que a economia brasileira continua em trajetória de recuperação em relação a forte queda de 2020, com destaque para o setor de serviços. “No setor de serviços tem relevância a atividade de outros serviços, que representa cerca de 15% do PIB, que chegou a ter taxa mensal negativa de 22,8% e que apresentou taxas positivas elevadas desde abril deste ano. Este desempenho se deve à maior abrangência da vacinação que possibilitou a maior interação entre as pessoas com idas a hotéis, bares, restaurantes, viagens, etc. Isto é compatível com o consumo de serviços por parte das famílias que no mês de agosto cresceu 8,2%”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

Projeções do mercado

Apesar da recuperação do setor de serviços, a atividade econômica tem perdido fôlego nos últimos meses em meio a um cenário de incerteza elevada diante da escalada da inflação, do risco fiscal (incerteza sobre o patamar de gastos públicos em 2022 por conta do programa social e das eleições), do agravamento da crise hídrica e de tensões políticas.

A expectativa do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2021está atualmente em 5,01%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, após tombo de 4,1% em 2020. Para 2022, a média das projeções baixou para 1,5%. 

Fonte: NULL

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