Mia Farrow desmente Naomi Campbell em tribunal de guerra
A atriz americana Mia Farrow assegurou nesta segunda-feira (8) no Tribunal Especial para Serra Leoa (TESL) que os diamantes entregues à modelo Naomi Campbell em 1997 em um jantar na casa de Nelson Mandela, na África do Sul, vieram do ex-presidente liberiano Charles Taylor.
Farrow, que como Naomi era convidada do jantar, afirmou perante os juízes que a modelo inglesa lhe disse que uns homens “enviados por Charles Taylor” tinham lhe entregado “um enorme diamante”. Taylor é acusado, entre outras coisas, de financiar a guerrilha revolucionária de Serra Leoa com os chamados “diamantes de sangue”
Convidada a depor no Tribunal Especial para Serra Leoa (TESL), baseado em Leidschendam, cidade próxima a Haia, na Holanda, onde estão as sedes das instituições judiciais da Organização das Nações Unidas, Naomi afirmou que recebeu “duas ou três pequenas pedras sujas”, mas que desconhecia se tinham sido enviadas por Taylor. Na manhã seguinte ela teria doado as pedras à Fundação Nelson Mandela.Farrow disse nesta segunda-feira que conheceu Charles Taylor no dia do jantar e que Naomi comentou durante o café da manhã que tinha recebido as pedras preciosas de homens do ex-presidente liberiano e tinha pensado em entregá-las à fundação beneficente infantil de Nelson Mandela.
Quem é Charles Taylor
Charles Taylor está sendo julgado desde janeiro de 2008 na Holanda por 11 acusações de crimes de guerra e contra a humanidade por seu envolvimento no conflito civil que assolou Serra Leoa entre 1991 e 2002, e que causou 50 mil mortos. Taylor se tornou famoso por liderar a Frente Nacional Patriótica da Libéria, um dos grupos guerrilheiros que lutou na guerra civil que afetou o país. Com o fim do conflito, ele foi eleito presidente em 1997 e ficou no cargo até 2003, quando deixou a presidência em meio à pressão internacional e a uma segunda guerra civil na Libéria. Como guerrilheiro e como presidente, Taylor é acusado de repassar armas para a Frente Unida Revolucionária, um dos grupos que lutou a guerra civil de Serra Leoa (1991 – 2002), em troca dos chamados “diamantes de sangue”. As armas eram compradas no mercado negro pois havia um embargo mundial que proibia a venda de armamentos para a Libéria. Taylor também é acusado de ter auxiliado atrocidades cometidas pela Frente Unida Revolucionária que deixaram milhares de pessoas mortas e mutiladas em Serra Leoa. O ex-presidente da L
Fonte: Época Online
