Mercado de SegurosNotícias

Mesmo sem saber, consumidor usa nuvem em casa

Se você não sabe direito o que é a computação em nuvem, não precisa se sentir um neandertal. O assunto é um dos mais comentados nos departamentos de tecnologia das grandes empresas, mas fora desse clube pouca gente consegue definir com clareza do que se trata. O curioso é que, mesmo sem dominar o conceito, boa parte das pessoas – principalmente os jovens – já é usuária da nuvem em suas casas, sem saber disso.
A computação em nuvem é o modelo pelo qual os softwares ficam armazenados em um centro de dados e são acessados via internet, sem a necessidade de que sejam instalados no computador do usuário. Por suas características, que incluem redução de custo e facilidade de administração de redes complexas, a nuvem ganhou espaço inicialmente entre as empresas. Mas o consumidor comum também está testando o modelo com interesse crescente.
São exemplos dessa nuvem pessoal serviços populares como Google Docs, Skydrive, Dropbox, Flickr e iCloud. Há diferenças entre eles, mas a ideia central é armazenar fotos, vídeos, músicas e documentos em uma espécie de cofre virtual, que pode ser acessado de vários tipos de equipamento, incluindo computadores, tablets e smartphones.
Movimento desperta a atenção de gigantes como Microsoft e Google, e estimula surgimento de novatas
Uma das principais vantagens da nuvem é a possibilidade de as pessoas cooperarem entre si, seja para visualizar as fotos das férias dos amigos ou escrever a muitas mãos um trabalho escolar.
O estudante universitário Felipe Dick, de 23 anos, viu sua rotina acadêmica na Universidade de São Paulo (USP) mudar radicalmente depois de adotar a nuvem. Membro da secretaria acadêmica da Faculdade de Engenharia Mecânica da USP em São Carlos, ele tinha de trocar e-mails constantemente com outros alunos para organizar eventos e diversas atividades. Os arquivos eram pesados, com anexos repletos de textos, listas e planilhas. E a cada vez que alguém alterava alguma coisa, um novo e-mail tinha de ser enviado.
A confusão acabou em 2008, quando o grupo decidiu adotar o Google Docs, um serviço na nuvem no qual um documento armazenado por uma pessoa pode ser visto e alterado por todos os demais, desde que sejam autorizados a fazer isso.
A disseminação da nuvem para uso pessoal é, em parte, reflexo da nova rotina de trabalho estabelecida por muitas empresas. Acabou o tempo em que o funcionário só trabalhava dentro do escritório e em horário predeterminado. “As pessoas querem começar a mexer em uma planilha no escritório e poder terminar esse trabalho no computador de casa”, afirma Izabelle Macedo, gerente de marketing de empresas do Google na América Latina. O trabalho em grupo é outro elemento de atração – em vez de esperar para ver as alterações feitas pelos colegas em um relatório, por exemplo, as pessoas querem fazer mudanças simultaneamente, e a nuvem permite isso.

Fonte: Valor

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?