Mesa Redonda do Seguro destaca a importância do setor
Na tarde da última quinta-feira, 28, com mais de 500 visualizações aconteceu a primeira edição do CQCS Mesa Redonda. O programa contou com a participação de Denise Bueno, fundadora do Sonho Seguro; Kelly Lubiato, diretora da Revista Apólice; Júlia Senna Carvalho, editora-chefe do JRS; Jorge Clapp, Jornalista do CQCS; Paulo Kato, editor-executivo da Revista Cobertura e Sérgio Carvalho; Editor do Jornal Nacional de Seguros. Os jornalistas questionaram Rivaldo Leite, presidente do Sindseg SP, a respeito das mudanças do mercado de seguros durante a pandemia, entre outros assuntos.
Jorge Clapp questionou a Rivaldo sobre o que ele espera no mercado de seguros após a crise sanitária pela qual passa o Brasil. O executivo esclareceu: “Vão surgir oportunidades, não acredito em uma virada de 360, devido ao espaço de tempo. Ainda estamos digerindo tudo, mas o mercado está focado em criar produtos, soluções. O mercado segurador está atento a novas oportunidades, eu enxergo o mercado crescendo em números e em tecnologia”.
Ainda sobre o mesmo tópico, Kelly Lubiato questionou a Rivaldo se as seguradoras vão voltar à “normalidade” logo após o plano definido pelo governo de São Paulo.
“Acho que o mercado como um todo ainda vai observar um pouco mais. É uma questão de saber como as pessoas vão enxergar isso. Independente das regras governamentais, cada empresa vai criar seu modelo e o mercado segurador está trabalhando assim”, esclareceu.
Sérgio Carvalho, por sua vez, levantou um questionamento sobre as reservas das seguradoras e a forma como elas poderiam, em tese, ser utilizadas durante a pandemia. Rivaldo esclareceu seu ponto de vista: “Eu acho que é dever cívico das grandes empresas contribuir com a sociedade e com o país. Várias empresas estão criando anúncios falando sobre a importância dos médicos e enfermeiros, isso é muito importante”.
Ainda falando sobre a pandemia do coronavírus, o editor executivo da Revista Cobertura, Paulo Kato, trouxe à tona um questionamento sobre uma medida que está sendo tomada nos EUA, o reembolso do prêmio do seguro de automóveis.
“É algo mais focado em um estado ou outro nos Estados Unidos. Eu acho que o mercado brasileiro ainda não está preparado para esse tipo de ação”, ponderou Leite.
Já Denise Bueno do Sonho Seguro questionou quais as iniciativas do setor para ajudar o Corretor de
Seguros a se atualizar um pouco mais no processo de venda. Rivaldo esclareceu: “A demanda do seguro de vida está muito forte, vejo muito o seguro falando sobre isso. O mercado precisa falar mais e preparar mais o Corretor para lidar com o seguro cibernético, estamos falando mais sobre isso. O seguro de responsabilidade civil também, estou vendo o mercado se movimentar bastante sobre isso”.
A crise trazida pelo coronavírus trouxe algumas possibilidade de novos negócios para o mercado e colocou em evidência alguns produtos. Esse foi o questionamento de Paulo Kato, a respeito de microsseguros, na segunda rodada de perguntas.
“Isso aí vai voltar muito forte, até pela necessidade das seguradoras se reinventarem. Esse tipo de seguro, no entanto, não compensa muito. Os prêmios são baixos e a forma de pagamento não compensa muito. Vão surgir várias oportunidades”.
Além de novos negócios, o coronavírus trouxe para o mercado a necessidade do cancelamento dos eventos e encontros presenciais. Júlia Senna trouxe essa questão ao bate-papo, perguntando como as seguradoras pensam em se adaptar nesse momento.
“Acho que é um momento muito delicado, o mercado precisou de reinventar. Fomos transferindo as datas, transferindo para o ano que vem. Fazer tudo remoto é uma solução boa. É um mercado que está se adaptando ainda é um momento muito nebuloso para saber como será daqui pra frente”, opinou Rivaldo.
Além de assuntos referentes à pandemia, Kelly levantou o questionamento a respeito do Open Insurance. Ela perguntou como as seguradoras farão para atuar nesse segmento.
O presidente do Sindseg SP esclareceu: “Algumas coisas são inevitáveis, essas coisas vão acontecer aos poucos. Todo sindseg confia muito na atuação dos corretores. É uma adaptação que o mercado vai ter que passar com produtos mais populares. A qualidade do corretor de seguros, o grau de atendimento dele não vai ser suprido pelo google ou amazon, por exemplo”.
Fonte: NULL