Mercado espera Copom e avalia PIB do 1º trimestre
O mercado financeiro enfrenta uma semana de agenda pesada de indicadores econômicos. No Brasil, o destaque é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (31). A aposta é de manutenção do ritmo de queda da Selic, hoje em 11,25% ao ano, em 1 ponto porcentual.
Dado o atual cenário de crise política, deflagrado pelas delações de executivos da JBS e que atingiram o presidente Michel Temer, foi desfeito o consenso que antes se formava, em torno de uma redução maior, de 1,25 ponto.
A percepção do mercado é de que a inflação será baixíssima nos próximos meses, em meio à continuidade da fraqueza da atividade. No dia seguinte ao da decisão do Copom, na quinta-feira (1º), o IBGE divulga o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre.
No exterior, entre os eventos com potencial de influenciar os ativos financeiros, vale destacar o relatório de emprego nos Estados Unidos, que traz o resultado líquido entre contratações e demissões, de maio.
Agrícolas. A semana deverá ser de pressão para os contratos futuros de açúcar demerara negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Além de o período ser de safra no Centro-Sul do Brasil, o preço da gasolina voltou a cair, conforme anúncio da Petrobrás na quinta-feira.
A gasolina mais barata reduz a competitividade do etanol hidratado, concorrente direto do combustível fóssil, o que pode levar o produtor a elevar a produção de açúcar.
Ontem, os preços da commodity caíram mais de 4% na bolsa norte-americana. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), só na primeira quinzena de maio foram fabricados 2,10 milhões de toneladas de açúcar, 2% mais que na semana anterior. O incremento reflete a evolução da colheita de cana no País.
Fonte: O Estado de São Paulo