Mercado de SegurosNotícias

Mercado de seguros perde US$ 41 bilhões por ano com clima

O Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, que aconteceu na manhã desta terça-feira, 15 de julho, reuniu cerca de 60 profissionais de imprensa de todo o Brasil para dialogar sobre os reflexos do aquecimento global na indústria do seguro mundial, que estima perdas de US$ 41 bilhões anuais com as transformações climáticas nos próximos 15 anos. Motivos como estes impulsionaram o Grupo Allianz, ainda em 2005, a firmar uma parceria com a ong WWF Internacional para realizar estudos sobre as causas e conseqüências do aquecimento global, além de firmar o compromisso de reduzir suas emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2012. Além dessa parceria, o grupo está investindo 500 milhões de euros em projetos de energia renovável até 2010.
Segundo Max Thiermann, presidente da Allianz Seguros no Brasil, o intuito de realizar novamente o Fórum para jornalistas foi de esclarecer e compartilhar com os formadores de opinião, os resultados do estudo G8 Climate Scorecards, encomendado pela Allianz Seguros e a WWF para a Consultoria Ecofys. O outro objetivo foi fomentar a discussão sobre a situação do mercado segurador brasileiro no contexto internacional, após a abertura do resseguro, ocorrida em abril.
A palestra Nova Realidade do Mercado Segurador Brasileiro, feita pelo diretor estatuário da Allianz, Arlindo Simões, revelou dados interessantes sobre o setor. No PIB, a participação do seguro ficou em 3,17%, em 2007, enquanto que a média dos países desenvolvidos, é de 7%.
Para Simões, o País cresce no setor de seguros. ´O Brasil está em processo de evolução e já tem uma participação muito especial no mercado. Prova disso, é a média de crescimento do setor em 2007, que foi três vezes maior que a mundial´, afirma o diretor. A estimativa para 2008 é que o mercado cresça de 17% a 20%, segundo a Susep.
O CLIMA NO MUNDO
A palestra que analisou a pesquisa G8 Climate Scorecards, realizada por Lutz Cleemann, chairman de Desenvolvimento Sustentável Corporativo do Grupo Allianz, revelou um ranking dos países do G8 – Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Rússia, Japão e Alemanha – que ainda estão muito lentos para enfrentar as mudanças climáticas, porém, eles pretendem reduzir a emissão de gases em 80% até 2050.
O Reino Unido lidera o ranking entre os G8 por sua baixa emissão de gases de efeito estufa, mas sua participação em fontes de energia renovável ainda é baixa. Nesta ordem, a França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Canadá e Estados Unidos compõem o ranking. Os países, principalmente os da Europa, que compõem o G8, mais o Japão, estão fazendo esforços, mas continuam longe de conseguirem uma contribuição significativa para manter a ascensão da temperatura global abaixo de 2°C.
SCORECARDS DO BRASIL
Lutz Cleemann também apresentou resultados para o G5, maiores países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, onde algumas providências já têm sido tomadas. Ele salientou que estes países não foram avaliados da mesma maneira que os do G8, devido às diferentes circunstâncias e níveis de desenvolvimento. A pesquisa aponta que o Brasil possui baixas emissões de dióxido de carbono (CO2) em função do uso intensivo de energia hidráulica. ´A emissão nacional é crescente devido ao desmatamento e à agricultura, que contribuem em grande escala para o efeito estufa´, explica o chairman.
Para a África do Sul, o carvão é a principal fonte energia do país, correspondendo há 72%. No México, a dependência de petróleo ainda é grande, já para a Índia, as emissões per capita são baixas porque apenas, 43% da população têm acesso às energias modernas e, por sua vez, a China também é dependente de carvão.
No desfecho de sua apresentação, Cleemann afirmou que ´as mudanças climáticas vão acompanhar o mundo e automaticamente, atingir as seguradoras´, e completou: ´a Allianz vai explorar o potencial de mercado de capital para absorver os riscos das catástrofes naturais – cat bonds´. Para ele, a luta contra as mudanças climáticas continua, através de três regras impostas pelo grupo: o suporte aos sócios e parceiros comerciais com soluções de seguro para lidar com os efeitos causados, a promoção de tecnologias de baixo carbono e também, como cidadão corporativo, o grupo usará seu conhecimento para comunicar práticas às partes interessadas.

Fonte: Revista Apólice

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?