Mercado aberto tem novos negócios e problemas
O mercado aberto de resseguros completa três meses e já contabiliza vários negócios e dois problemas, a colocação da apólice gigante da Petrobras e o contrato da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que pegou o momento da transição. Na Susep, o interesse em operar no país continua crescente, com cinco resseguradoras pedindo autorização para atuar como “admitidas” (opera com escritório de representação) e oito como “eventuais” (por meio de representantes). Já são 21 corretoras de resseguro autorizadas, nove resseguradoras admitidas, sete eventuais e três locais (incluindo o IRB).
O seguro da Petrobras, o maior do país, foi conquistado pela seguradora do Itaú (e a corretora Aon) por meio de licitação prometendo 50% de redução no preço em relação à apólice de 2007, para US$ 29 milhões. Fontes do mercado garantem que o contrato não foi colocado nesse valor e o IRB precisou participar da operação momentaneamente. O valor final pode ter ficado muito acima e ainda não é conhecido pelo mercado. Nenhuma das partes comenta o assunto.
A SulAmérica ficou em segundo lugar na licitação, com proposta de quase US$ 30 milhões, mas também saiu fora, pois, segundo uma fonte, foi dado um prazo muito curto para a colocação. Bradesco Seguros (US$ 38 milhões) e Unibanco AIG (US$ 42 milhões) vieram em seguida, mas não receberam proposta de colocação após a desistência da SulAmérica.
Segundo uma fonte qualificada, se o seguro da PDVSA, a produtora de petróleo da Venezuela, ficou em quase US$ 60 milhões, por que o da Petrobras, uma empresa muito maior, ficaria tão mais barato. Na apólice da CSN, que foi parar na Justiça, o IRB acabou desistindo do recurso que havia colocado contra a decisão que o obrigava a aceitar o resseguro. (ASJ)
Fonte: Valor