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Meirelles não descarta retração no 2º trimestre

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles comemorou nesta quinta-feira (17) o resultado da “prévia do PIB”, índice do Banco Central que apontou crescimento de 0,25% da economia brasileira no 2º trimestre. Ele, no entanto, não afastou a chance de uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) medido pelo IBGE no período, conforme projetado por parte do mercado.

“Independentemente de ser pouco acima de zero, zero, ou um pouco abaixo, o índice do Banco Central já mostrou um crescimento forte”, disse Meirelles. Ele reafirmou, entretanto, que a economia já está em processo de recuperação e que o país “já voltou a crescer”.

Ele explicou que as metodologias do BC e do IBGE são diferentes e que o resultado oficial do PIB do segundo trimestre, que será divulgado no dia 1º de setembro, também virá pressionado pelo resultado do 1º trimestre.

“O IBGE pode dar um índice próximo de zero e quem sabe até um pouco negativo [no 2º trimestre] por causa do índice de crescimento muito forte no primeiro trimestre”

A economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre, após 8 trimestres consecutivos de queda, puxada fortemente pelo agronegócio, cujo forte resultado não deve se se repetir no 2º trimestre.

Apesar da melhora nos números da indústria, comércio e serviços, analistas destacam que o consumo das famílias e os investimentos continuam fracos, dificultam uma recuperação mais forte do PIB.

Para o ano de 2017, a previsão oficial do governo é de uma alta do PIB ao redor de 0,5%. Segundo Meirelles, o país entrará em 2018 com um ritmo de crescimento anual mais forte, “perto de 3%” e com a “criação sólida de empregos”.

A média do mercado financeiro projeta crescimento de 0,34% em 2017, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Para 2018, os economistas das instituições financeiras estimam uma expansão de 2%.

Meirelles prevê contas do governo no azul a partir de 2021

Ao anunciar o afrouxamento da meta fiscal para um rombo nas contas públicas, de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões em 2017, e de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões em 2018, o governo federal passou a projetar déficit primario em suas contas até 2020.

Questionado sobre a partir de quando o governo conseguirá voltar a fechar as contas no azul e fazer alguma economia para pagar os juros da dívida, o ministro da Fazenda estima que as contas públicas voltarão ao azul somente em 2021.

“Essa é a ideia”, disse Meirelles. “Poderemos ter superávits cada vez maiores durante a década de 20”, completou.

Para isso, além da aprovação das novas metas fiscais e suas medidas, o ministro conta com a aprovação da reforma da Previdência e de outras medidas econômicas em discussão no Congresso, como a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e o Refis.

Fonte: G1

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