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Médica alerta para riscos causados por distúrbios do sono

Quase metade da população mundial – cerca de 40% – apresenta dificuldade para dormir, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os distúrbios do sono mais comuns são insônia, apneia, sonambulismo, síndrome das pernas inquietas, enurese noturna, narcolepsia e terror noturno, que atingem pessoas de todas as idades.

De acordo com a médica de família, Dra. Paula Rocha, da rede de clínicas Meu Doutor Novamed em Niterói (RJ), “esses fatores podem elevar o risco de desenvolvimento de outras enfermidades, como síndrome metabólica, obesidade, diabetes, uma série de doenças cardiovasculares e disfunção neurocognitiva”.

A médica ressalta a importância de procurar um profissional de saúde ao primeiro sinal de desconforto e de repetição de episódios desses problemas ligados ao sono. “O diagnóstico é estabelecido por meio de avaliação clínica e polissonografia, ou com exames de sono em equipamentos portáteis, ”, explica a Dra. Paula.

Os prejuízos causados por distúrbios do sono também podem afetar diretamente a qualidade de vida dos indivíduos, aumentando quadros de ansiedade e depressão, além de provocarem a redução no desempenho do trabalho. Há ainda outras consequências importantes, como levar o indivíduo à automedicação e ao uso indevido de substâncias e suplementos, sem prescrição médica segura.

Dicas para a melhoria da qualidade do sono

Ainda segundo a Dra. Paula Rocha, antes de verificar a gravidade da situação e obter um diagnóstico, é possível tentar adotar algumas práticas para melhorar a noite de sono.

São elas:

Durante o dia, faça alguma atividade física (mas não antes de dormir) e evite cochilar;

Revise o seu quarto: colchão e roupas de cama confortáveis, mínimo de ruído, ajuste da iluminação, temperatura e umidade;

Mantenha uma programação de sono regular, com horários de dormir e levantar consistentes (em média, 7 a 8 horas);

Reserve tempo para criar um ambiente adequado para relaxar antes de dormir;

Evite refeições volumosas e estimulantes como tabaco, álcool e cafeína algumas horas antes de dormir;

Se você não conseguir dormir depois de 15 ou 20 minutos, vá para outro cômodo e faça algo tranquilo/relaxante (que não envolva telas eletrônicas/luz excessiva) e volte para a cama apenas quando sentir sono;

Evite ficar olhando para o relógio, porque isso pode causar hipervigilância (estado de alerta extremo, em que a pessoa está sempre atenta a possíveis perigos, reais ou imaginários).

Insônia: causas e tratamentos

A insônia é considerada um distúrbio de hipervigilância. Indivíduos com preocupação, estresse ou ainda em estado de luto podem sofrer episódios agudos de insônia.

A perda do sono também pode ocorrer devido a uma mudança no ambiente, ao aumento da exposição à luz, a ruídos, temperaturas excessivamente altas ou baixas ou até mesmo em decorrência de colchão e travesseiros ruins.

A médica alerta que a insônia crônica pode ser uma comorbidade subjacente em casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), câncer, insuficiência cardíaca congestiva, doença de Parkinson. Ou, ainda, estar associada a algum tipo de transtorno psiquiátrico (esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade), uso de drogas, consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou abstinência.  

Fonte: NULL

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