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Marsh cresce no Brasil e planeja fazer aquisições

A Marsh, maior corretora de seguros do mundo, procura corretoras para comprar no Brasil. A empresa, que pertence ao grupo americano Marsh & McLennan Companies (MMC), registrou crescimento nas vendas de 44% no país em 2008, uma das maiores taxas de expansão do grupo no mundo. No ano, movimentou R$ 1,5 bilhão no Brasil, a maior receita da América Latina.
A Marsh chegou a olhar recentemente algumas corretoras no Brasil para comprar, mas não gostou do que viu. Os problemas são variados. Segundo Thomaz Menezes, presidente da Marsh Brasil e América Latina, uma das corretoras analisadas tinha concentração excessiva dos negócios em pessoas físicas e qualidade dos ativos abaixo do esperado. “Não queremos fazer uma aquisição só para ganhar mercado”, diz ele.
Como não conseguiu ainda comprar uma corretora aqui, a Marsh fechou na semana passada uma aquisição na Colômbia. A América Latina é prioridade do grupo no mundo. A MMC assumiu o controle da corretora Compañías DeLima SA, com mil funcionários e prêmios de mais de R$ 1 bilhão. Segundo Menezes, a corretora tem operações diversificadas, entre varejo, médias empresas, benefícios e grandes corporações.
Com a compra da DeLima, a Colômbia ultrapassou o México e passou a ser o segundo país em receita para o grupo MMC na América Latina.
Com a aquisição, o grupo passa a deter 34% do mercado colombiano, na frente das outras grandes corretoras internacionais Aon, Willis e JLT. “A compra foi concretizada mesmo com o momento ruim do mercado, o que indica a aposta do grupo na região”, afirma Menezes.
O Brasil é uma das principais apostas do grupo no mundo, tanto que o comando das operações da América Latina é feito a partir de São Paulo. “O Brasil, de todos os países em que o grupo opera, é um dos que tem maiores oportunidades”, diz Menezes. O grupo MMC está presente em mais de 100 países. “As oportunidades são monstruosas.”
A Marsh prevê que o mercado de seguro cresça em torno de 15% a 16% este ano no país, considerando os ramos nos quais a corretora opera (como grandes riscos, seguros massificados e petróleo). A previsão para a América Latina é de expansão um pouco menor, na casa dos 12%.
Menezes conta que o grupo aposta no crescimento orgânico das operações no Brasil, mas não desistiu de avaliar aquisições. “A corretora (para ser comprada) tem que estar dentro de nosso padrão de governança”, afirma.
Há milhares de corretoras de seguro no país, voltadas para nichos e produtos específicos. Em algumas delas, é possível encontrar problemas de gestão, de ativos ou mesmo da equipe de funcionários.
Na avaliação do presidente da Marsh, um processo de modernização é essencial, com maior profissionalização, investimentos em tecnologia e em modelos de gestão. Muitas corretoras vêm sendo alvo de aquisições. Na semana passada, a Lazam-MDS, do grupo Sonae e Suzano, anunciou a compra da ADDMakler.
O mercado de seguros e resseguros passa por um momento complicado no mundo. Na expressão do setor, Menezes conta que estamos em um “hard market” (mercado difícil), que indica uma redução na capacidade de aceitar riscos pelas resseguradoras, taxas em alta e queda nas transações. “O acesso ao resseguro fica mais difícil.”

Fonte: Valor

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