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Malucelli quer conquistar AL

Criada em meados de 2008, a J. Malucelli Re, que é especializada em cobrir riscos financeiros, traçou um plano estratégico ambicioso para o próximo quinquênio. O objetivo da resseguradora brasileira, pertencente ao grupo Paraná Banco, é expandir sua atuação pelos países latino-americanos. É possível alcançar a liderança na América Latina nas operações de resseguros do ramo de garantia (contratual) em cinco anos, revela o diretor Técnico da empresa, Luiz Alberto Pestana.
A J. Malucelli Re já recebeu autorização para atuar no Paraguai, Equador, Costa Rica e República Dominicana. Luiz Pestana espera ainda receber, até o final do ano, o aval de órgãos reguladores argentinos para operar no mercado local. Além disso, adianta que já tramita um pedido de autorização no México, onde o processo de análise é mais lento.
No mercado brasileiro, a empresa atua como resseguradora local, disputando alguns nichos de negócios em pé de igualdade com o IRB Brasil Re, além de outras três resseguradoras. Concorremos com uma potência, mas já levamos vantagem, em termos de receita de prêmios, no ramo de garantia, afirma o executivo.
VÁCUO. No exterior, a empresa quer aproveitar os efeitos provocados pela saída inesperada da Swiss Re das operações na área em que a J. Malucelli Re é especializada. Luiz Pestana conta que, em recente encontro internacional da Associação Pan-Americana de Fianças (APF), muitos seguradores estrangeiros, particularmente da América Latina, procuraram a direção da companhia brasileira para negociar acordos em seguros de garantias.
A atuação da empresa no exterior, segundo ele, será, inicialmente, cautelosa. Criou-se uma lacuna enorme, em todo o mundo, com a decisão da Swiss Re de não atuar mais no ramo de garantia. Fomos assediados e muito badalados no evento da APF, mas seremos cuidadosos. A situação de cada mercado será bem estudada e vamos escolher a dedo onde atuar, explica.
Ele acrescenta que essa atuação será feita, a princípio, através de planos de resseguros facultativos, firmados com seguradoras para a aceitação de responsabilidades. Só em um segundo momento, Luiz Pestana diz que a J. Malucelli Re oferecerá planos em que as coberturas serão aceitas automaticamente, para parceiros de países onde os resultados iniciais forem mais satisfatórios.
No Brasil, ele admite que a resseguradora ainda se ressente da desconfiança de algumas seguradoras que operam no segmento de garantias contratuais e que disputam o mercado interno com a seguradora do grupo, a J. Malucelli Seguros. Há certa resistência, então o caminho natural é o mercado externo, salienta o executivo.
Os resultados dessa carteira, segundo ele, têm sido satisfatórios, a começar pela sinistralidade, que deve girar em torno de 6% este ano, a metade do percentual projetado pela direção da empresa, que temia os efeitos da crise financeira internacional. Em 2008, ficou em 4%. Luiz Pestana diz, contudo, que ainda é cedo para comemorar, devido às características do ramo de garantia. Ele explica que os riscos têm cobertura de médio prazo, com apólices de até cinco anos. Ainda assim, a tendência é muito animadora, conclui o executivo.

Fonte: Jornal do Commercio

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