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Mais de 30% do preço do edredom, moletom e cachecol são impostos

Com a previsão de que as temperaturas voltem a cair a partir desta terça-feira (16) em alguns estados – segundo o Tempo Agora, a mínima em São Paulo (SP) será de 13 graus e máxima de 20°C – a corrida para as lojas atrás de ededrons, malhas, luvas, moletons, aquecedores e outros apetrechos deve aumentar.

Você sabe quanto do valor de cada produto é desembolsado exclusivamente para o pagamento de impostos? Levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revela que a carga tributária nos itens de inverno varia de 26,05% , no preço de um cobertor, a 69,73%, no do vinho importado.

Ao comprar um edredom de R$ 100, por exemplo, 36,22% desse total é só para pagar impostos. A malha e o cachecol têm alíquotas de 34,67% e 34,13%, respectivamente. O casaco de moletom é taxado a 34,67%.

Se o consumidor está planejando comprar um aquecedor de ambientes para esquentar a casa, o valor dos impostos chega a 48,30%. A famosa combinação de fondue e vinho, tão procurada no inverno, também tem carga tributária alta: fondue de chocolate (38,51%), de queijo (36,54%), vinho nacional (54,73%) e o vinho importado (69,73%);

O estudo foi encomendado pela ACSP ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). 

Confira a lista completa em ordem alfabética:

Aquecedor de água elétrico – 48,06%

Aquecedor de ambientes – 48,30%

Bolo de brigadeiro – 33,95%

Bombons – 37,61%

Bota – 36,17%

Cachecol – 34,13%

Calça jeans – 38,53%

Camisa – 34,67%

Casaco de moletom – 34,67%

Chocolate – 38,60%

Cobertor – 26,05%

Edredom – 36,22%

Fondue de chocolate – 38,51%

Fondue de queijo – 36,54%

Garrafa térmica – 44,63%

Guarda-chuva – 35,25%

Jantar em restaurante – 32,51%

Jaqueta – 34,67%

Lareira – 40,83%

Lenço – 35,74%

Luva – 40,85%

Malha – 34,67%

Sopa de pacotinho – 34,35%

Tênis – 44%

Vinho importado – 69,73%

Vinho nacional – 54,73%

É preciso planejar para não gastar muito

Comprar artigos da estação da época é sempre um risco para o bolso, segundo a planejadora financeira Rejane Tamoto. “É o período que o comércio aproveita para inflar seu preço de alguma forma. Nunca é recomendado comprar um ventilador ou um aquecedor quando a estação registra picos de temperatura”, alerta.

A orientação de Rejane é planejar as compras com antecedência. “Quando planejamos a compra desses itens, pesquisamos os preços e evitamos pagar valores elevados em épocas de sazonalidade. Além disso, fugimos da compra por impulso.”

A servidora pública Cátia Andrade, 45 anos, comprou um casaco grosso no início do mês, quando a capital de São Paulo registrou baixas temperaturas. Pagou R$ 70, numa promoção, e diz que não vai gastar mais, com a chegada do clima frio previsto a partir desta terça-feira (16). “Eu precisava de um casaco bonito e quente para trabalhar. Tinha algumas peças, mas eram para sair. Agora estou com o guarda-roupa completo e não pretendo comprar mais nada. ”

Outro que resolveu fazer uma aquisição durante o período de baixas temperaturas na capital, foi o empresário Alberto Vieira, 38 anos. Ele comprou um aquecedor de ambientes, no valor de R$ 397, e diz não considerar ter feito um mau negócio. “Vi os preços no ano passado, mas precisamente em dezembro, e não senti muita diferença no valor que eu paguei. ”

Ele diz que estava em dúvida entre comprar um edredom extra ou um aquecedor. “Fazemos muito home office por aqui. Optamos por ele porque podemos levá-lo a qualquer cômodo da casa”, diz.

Fonte: NULL

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