Maio registra aumento na devolução de cheques sem fundos
Pesquisa sobre inadimplência no País realizada pela Equifax, empresa fornecedora de soluções para gestão de negócios, revela aumento no volume de devolução de cheques sem fundos e títulos protestados, no mês de maio. No período, foram registrados 3.894.552 cheques devolvidos, um aumento de 21% em relação a abril de 2006. Na comparação com o mesmo período no ano passado o aumento foi de 11%. Nos cinco meses acumulados do ano houve um crescimento na devolução de cheques de 4,5% em relação a igual período do ano anterior.
O aumento do volume de cheques devolvidos, segundo o coordenador do Centro de Estudos Equifax, Alcides Leite, é resultado da expansão das vendas do comércio nos estratos econômicos com menor renda disponível ao consumo e maior exposição ao risco de inadimplência. Melhores mecanismos de controle do crédito devem ser utilizados pelas empresas a fim de atenuar esse efeito.
O gráfico mostra o comportamento do volume de cheques devolvidos desde janeiro de 2004. Pela tendência do gráfico verificamos um crescimento modesto, porém contínuo do volume de cheques devolvidos ao longo do período analisado. Essa tendência deve ser mantida nos próximos meses, graças ao maior volume de crédito resultante da redução das taxas de juros.
Quanto ao volume de títulos protestados, dados da Equifax mostram que em maio houve um aumento de 28% em relação a abril e um crescimento de 25% em relação a maio de 2005. Em maio foram registrados 872.680 protestos contra 683.142 registrados em abril e 695.430 registrados em maio de 2005.[1]
A análise de inadimplência da Equifax é baseada em informações públicas fornecidas pelo Banco Central, por cartórios, juntas comerciais, fóruns e a partir das transações comerciais realizadas por seus 28 mil clientes em todo o País. O banco de dados da Equifax registra 261 milhões de informações positivas, 115,4 milhões sobre cheques sem fundos, 29 milhões de títulos protestados, 150 mil informações sobre falências, concordatas e recuperações judiciais e 8,7 mil registros de empresas golpistas.
Fonte: Revista Cobertura