Lideranças do setor criticam post de Gusttavo Lima sobre proteção veicular
Na noite da última terça-feira (21), o cantor Gusttavo Lima publicou no seu perfil do Instagram uma sequência de stories divulgando a Bem Protege Brasil, uma associação de proteção veicular, se referindo a empresa como a melhor seguradora do Brasil.
Ao que parece, o cantor desconhece a diferença entre seguradora para associação de proteção veicular, enganando o consumidor.
A situação gerou incômodo no mercado de seguros e grandes nomes do setor manifestaram sua insatisfação com o ocorrido. A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) se pronunciou sobre o caso através de seu presidente, Marcio Coriolano.
O deputado federal, Corretor de Seguros e presidente da Escola de Negócios e Seguros, Lucas Vergílio, também se posicionou e expressou seu descontentamento.
Coriolano destacou que é preciso repetir que o consumidor que adquire uma proteção veicular pode estar colocando em risco o patrimônio que busca proteger. O presidente da CNseg ressalta que é importante esclarecer que as associações de proteção veicular não são seguradoras. Essas associações não são fiscalizadas e não formam reservas financeiras, como as seguradoras, não são obrigadas a reconhecer direitos básicos dos consumidores, disse.
Ele frisou que as associações podem ser, portanto, um verdadeiro risco para o consumidor, e é um dever cívico denunciar situações ilegais, como esta que, sob a roupagem de proteção patrimonial, exerce ilegalmente a atividade securitária.
O cliente que mantém seu patrimônio sob a guarda das associações pode não estar seguro. O consumidor corre todos os riscos não previstos no seu contrato. Por fim, as associações não pagam impostos, o que não ocorre com as seguradoras, acrescentou Coriolano. Vergílio comentou que é triste ver uma voz nacional ligar seu nome a uma empresa que se diz seguradora, sem se certificar se a mesma está atuando de acordo com as leis que regem o Brasil.
Para o deputado, é por essas situações que o consumidor acaba sendo enganado e acha que está comprando um seguro de uma seguradora, quando na verdade a empresa não tem autorização legal para vender seguros. A Susep optou por não se pronunciar pois ainda não recebeu denúncias sobre o ocorrido.
Fonte: NULL