Liderança feminina no mundo corporativo
A evolução da sociedade ao longo das últimas décadas, possibilitou às mulheres alcançarem seu espaço de forma estratégica no ambiente corporativo, trazendo para as empresas a diversidade e transformando a Cultura Organizacional.
No Brasil e em outros países, os dados registram que a atuação de mulheres nas empresas só tem aumentado, principalmente em cargos de liderança. De acordo com a pesquisa Women in Business 2020 realizada pela Grant Thornton International, as mulheres ocupam atualmente 34% dos cargos de liderança sênior (diretoria executiva) nas empresas brasileiras, resultado que representa um aumento de 9% em relação a 2019. Com isso, faz o país avançar para a 8ª colocação no ranking composto por 32 países, além de superar a média global (29%).
Embora o índice ainda seja baixo em face da representatividade feminina na sociedade brasileira (52% da população), ele revela a conquista das mulheres a partir do enfrentamento dos desafios e da luta contra o padrão cultural e histórico de discriminação de gênero.
Este cenário é fruto de competência, preparação e determinação de mulheres empoderadas, mas também é reflexo de empresas que acreditam na liderança feminina.
A Allcare é um exemplo no tema. Atualmente, 73% do quadro de funcionários é composto por mulheres, que respondem por 61% dos cargos de liderança da companhia. Isso reforça que as mulheres, no mercado de trabalho, ocupam seus espaços profissionais por meritocracia, competência e apresentação de resultados.
A liderança feminina é, em geral, mais focada na influência do que no comando e tende a mitigar conflitos, discriminação, além de demonstrar, com seus próprios exemplos, que as mulheres podem ocupar cargos de altos níveis com conhecimento técnico e com inteligência emocional, assim como os seus pares.
Felizmente, cada vez mais lideranças femininas despontam e possibilitam maior igualdade de gênero em diferentes segmentos.
A igualdade de gênero no mercado de trabalho é essencial para um adequado desenvolvimento social e econômico a longo prazo, conforme apontado por diversos estudos feitos sobre o tema. Entre os de maior destaque, Women Rising 2030, que é um relatório completo lançado pela Business & Sustainable Development Commission (BSDC), que contém os 17 Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável, que englobam a erradicação da pobreza, o desenvolvimento de energias limpas, a preservação do meio ambiente e, também, a diminuição da desigualdade.
Em complemento, conforme o estudo Better Leadership, Better World, organizações que valorizam a igualdade de gênero na prática podem ajudar a produzir mais de US$ 12 trilhões por ano, além de gerar 380 milhões de empregos.
O caminho ainda é longo. Precisamos intensificar a voz feminina em busca desta igualdade.
Além de entender que é preciso oferecer as mesmas oportunidades para homens e mulheres, é necessário mudar de perspectiva e enxergar o potencial que nós temos de contribuir para uma cultura organizacional mais forte, nos colocando profissionalmente com segurança e maestria.