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IRB vai retroceder risco com ressegurador a partir do próximo ano

A partir de primeiro de janeiro de 2009, o IRB-Brasil Re não vai mais retroceder parte de seus riscos com resseguradoras que não sejam autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). “Em 2009 o mercado de resseguro brasileiro começa as suas atividades de fato”, afirma Jorge Caminha, diretor presidente da Guy Carpenter do Brasil. Depois da quebra do monopólio de resseguro, em 17 de abril de 2008 (Lei 126/2007), a Susep instituiu o prazo de 180 dias para o IRB-Brasil Re se adaptar às novas regras, incluindo o cancelamento da retrocessão de riscos com resseguradoras não autorizadas. O prazo para essa adaptação do IRB, que controlou o mercado de resseguro durante cerca de 60 anos, foi adiado pela Susep para 31 de dezembro de 2008.
Junto com o IRB, as seguradoras também já estão se preparando para um novo mercado e revendo seus contratos para negociações com novas resseguradoras locais (com 60% de preferência), admitidas e eventuais conforme a norma estabelecida pela Susep.
Segundo Caminha, as seguradoras brasileiras devem se preparar para uma melhor gestão de riscos e para a elaboração de um contrato organizado que atenda resseguradores locais e internacionais. “Um contrato bem feito, com análise de riscos bem fundamentada vai facilitar as negociações da seguradora na hora de contratar um resseguro.” Para ele, as informações mais claras também facilitam a negociação do preço, e o corretor de resseguro tem um papel importante para essa análise de subscrição e de valor que deve ser proposto pela seguradora no contrato. “As seguradoras que operam em âmbito mundial têm um modelo de contrato padrão, que se modifica de acordo com a legislação de cada país.”
A Susep já estabeleceu um prazo para a resposta do ressegurador após a entrega do contrato de cinco dias para o resseguro facultativo (específico para um evento) e dez dias para o contratual (contratos automáticos em termos da carteira como um todo). Depois da abertura do mercado, Caminha já sente um aumento de pedidos de contratação de resseguro, principalmente de facultativos.
Segundo ele, a crise não vai afetar tanto o mercado brasileiro devido à recente abertura, que vai dar oportunidade às seguradoras procurarem ramos diferenciados para resseguro. “Por abrir recentemente, nosso mercado é beneficiado.” Caminha afirma que o objetivo do mercado de seguro internacional é garantir os resultados operacionais com a defasagem nos resultados financeiros devido à perda de ativos com a crise. “O resultado operacional precisa compensar o financeiro.”

Fonte: DCI OnLine

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