Investidor Profissional compra 60% da Casa Show
A gestora de recursos Investidor Profissional (IP) fechou a compra de 60% da rede varejista de material de construção Casa Show, que tinha 100% do capital nas mãos do grupo Sendas, também fundador do negócio.
A compra ocorreu por meio de um fundo de investimento em participação (FIP, também conhecido como ´private equity´ no jargão do mercado), que, como costuma ocorrer nesse formato, deve investir na gestão da empresa e na expansão dos negócios, do qual o grupo Sendas continua a deter 40% e participação no conselho. Os dois sócios confirmaram o fechamento do negócio, mas não quiseram informar detalhes da operação, como o valor envolvido.
A Casa Show foi fundada em meados da década de 80 e tem oito lojas no estado do Rio de Janeiro, onde lidera o segmento de venda de material de construção. Uma das primeiras novidades com o novo investidor já é visível na administração da rede, que passa a ser comandada pelo executivo Arthur Negri, ex-Blockbuster e Fininvest.
De acordo com informações da IP, a idéia é aumentar a eficiência do negócio e explorar os ganhos que podem advir tanto do segmento de material de construção – por conta da expectativa de aumento da renda e também da intensa atividade na construção civil – como também o setor de financiamento ao consumo que tem sido explorado por redes varejistas. O novo presidente, Arthur Negri, tem experiência tanto no varejo quanto no crédito.
As oito lojas da rede Casa Show, de acordo com informações da empresa, comercializam cerca de 45 mil itens diferentes e somam uma área conjunta de cerca de 23,4 mil metros quadrados. A rede foi fundada pela própria família Sendas, que também era dona do grupo de supermercados homônimo, hoje sob controle do grupo Pão de Açúcar. Os dois negócios porém são independentes e os Sendas continuavam a deter 100% da rede Casa Show até a venda, agora, de 60%, para a IP.
Administradora de recursos de terceiros independente, a IP começou suas atividades na década de 90, investindo na formatação de fundos de investimento em ações de companhias abertas que ofereciam potencial de gerar valor no longo prazo com melhorias de governança e gestão. No último ano, começou a fazer investimentos também em companhias fechadas, por meio de fundos de participação, como foi o caso da Mills, empresa ligada ao setor de construção.
Fonte: Valor