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Instalações contra incêndio

SISTEMA MULSYFIRE Dispositivo fixo especial sob comando e/ou automático Os sistemas automáticos de extinção de incêndios compreendem: I – Sistemas de gases; II – Sistemas à base d’água (Protectorspray, Mulsyfire, cortinas de água, vapor, e chuveiros); III – Sistema de ventilação; IV – Sistema de pós-químicos; V – Sistemas automáticos de confinamento do principio de incêndio; VI – Sistemas de espuma. O sistema escolhido, em função dos riscos às pessoas, especificidades, quantidades armazenadas, condições ambientais, riscos patrimoniais, entre outros, deverá ser justificado através de projeto específico, com embasamento legal de norma brasileira ou de norma internacionalmente reconhecida, ilustrada como referência, por já ter sido utilizado em projeto semelhante. A escolha da substância com a qual se irá apagar o incêndio depende da natureza do material. No presente caso, transformadores, pode-se utilizar: neblina de água, gás carbônico (CO2), através de extintores e/ou instalações fixas, e pó carbônico (Dry Chemical Powder), também através de extintores e/ou instalações fixas. A utilização do sistema nebulizador de água, em maquinaria elétrica, motores, geradores e transformadores, requer estudo prévio, preferencialmente, submetendo o projeto a consulta junto ao Corpo de Bombeiros ou outra Entidade Técnica que possa garantir resultado eficaz, como por exemplo, o Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho do Ministério do Trabalho. Constituem-se dispositivos fixos especiais sob comando e/ou automáticos de combate a incêndio os sistemas de água tipo “Mulsyfire” e “protectospray”, sistemas de dióxido de carbono (CO2), sistemas de combate com espuma, sistemas de gases halogenados, sistemas de pó químico, sistema de espuma ou outros sistemas cuja eficiência tenha conformidade com as normas técnicas do INMETRO. Alguns outros tipos de sistemas fixos especiais sob comando e/ou automáticos não relacionados neste artigo, podem ser empregados, desde que estejam de acordo com normas técnicas específicas. Dependendo do tipo de ocupação, a edificação deverá dispor de sistemas tais como: Sprinkler, CO2 ou Mulsyfire. É o sistema Mulsyfire, de combate ao fogo, mais indicado para resfriamento de transformadores (exceto trafos a seco), em caso de incêndio e consequente elevação de temperatura interna, porém ainda pouco se constata sua instalação em face do alto investimento envolvido. O sistema de água nebulizada é utilizado visando: prevenção de incêndio extinção de incêndio proteção contra exposição controle de combustão No Brasil, estes dispositivos são normatizados pela NBR 8674:05 que trata da execução de sistemas fixos automáticos contra incêndio com água nebulizada para transformadores e reatores de potência. O sistema deve ser operável automaticamente e provido de meios para operação manual sendo de fundamental importância estabelecer as distâncias elétricas entre as partes do sistema e as partes energizadas maiores que as especificadas na NBR 13231:2005; esta norma da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, fixa os requisitos mínimos exigíveis para proteção contra incêndios em subestações elétricas convencionais, atendidas, desassistidas, teleassistidas, de sistemas de geração, transmissão, subtransmissão e distribuição. Internacionalmente, a NFPA 15:2001 – Standard for water spray fixed systems for fire protection é a mais respeitada. Dela pode-se destacar como conceito básico, uma norma que fornece as exigências mínimas para o projeto, a instalação, e os testes de aceitação dos sistemas pulverizadores de água para combate a incêndio, além das exigências mínimas para testes periódicos e manutenção dos sistemas pulverizadores de água. Os equipamentos de detecção automática, para sistemas fixos automáticos de água nebulizada devem identificar qualquer princípio de fogo, a fim de permitir o combate automático e imediato de incêndio no equipamento protegido e, para que isso ocorra, podem ser utilizados os seguintes tipos de detectores: de calor, de fumaça (somente em locais abrigados e fechados) e de chama. Os dispositivos do sistema automático atuam ao ser atingido determinado nível de temperatura ou de comprimento de onda de radiações térmicas ou luminosas ou pela presença de fumaça no ambiente. Logo que se inicie o incêndio, as instalações vão detectá-lo e debelá-lo, evitando que ele se propague. Os equipamentos de detecção devem circundar os equipamentos a serem protegidos, de modo a identificar imediatamente qualquer princípio de incêndio. Os transformadores a seco dispensam em suas instalações, portas ou paredes corta-fogo, poços de recolhimento de fluidos e sistemas de combate a incêndio e, para estes equipamentos, portanto, o sistema Mulsyfire não é recomendado mas, para atender essas condições, os transformadores a seco devem ser seguros e confiáveis, pois caso não atendam essas premissas, podem representar perigo às pessoas. O emprego do sistema Mulsyfire em subestações elétricas é o mais usual. E, por falar em subestações elétricas, não se pode imaginar Usinas Hidroelétricas e Termelétricas sem este tipo de proteção. As principais atividades da manutenção de subestações são: inspeções periódicas, manutenção preditiva, preventiva e corretiva em equipamentos de transformação, manobras, serviços auxiliares, baterias, retificadores, compressores, pára-raios, Transformadores de Potencial (TPs); Tranformadores de Corrente (TCs) ; Grupos Auxiliares de Emergência; sistemas de ar condicionado; sistemas anti-incendio (Mulsyfire); subestações blindadas a SF6 ( hexafluoreto de enxofre); subestações móveis; compensadores síncronos; entre outros. A manutenção no sistema de combate a incêndio tipo “Mulsyfire” compreende a pintura das tubulações e reservatório metálico de água bem como inspeção e manutenção no grupo moto-gerador, na bomba, nas válvulas de dilúvio e em vaso de pressão.

Angela de Jesus Arguelhes

Arquiteta e Engenheira Civil, formada em 1979 e 1987, respectivamente, pós graduada em Engenharia de Segurança pela PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e MBA em Gerência de Riscos – FUNENSEG / COPPETEC / FUNCEFET. Atua há mais de 29 anos no mercado segurador e ressegurador, atualmente como Analista de Riscos e Sinistros do IRB Brasil Resseguros S.A., tendo vistoriado ao longo dos últimos 15 anos, várias empresas comerciais e/ou industriais, seguradas/resseguradas, principalmente nos ramos Incêndio (Riscos Nomeados e/ou Riscos Operacionais) e Riscos de Engenharia, praticando “no campo” o exercício de avaliação de riscos potenciais.

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